Porto do Itaqui realiza 1º teste de ship to ship para combustíveis

Na quarta-feira, 12 de julho, foi realizado o primeiro teste de atracação de navios a contrabordo no Porto de Itaqui relacionado a operação de granéis líquidos (combustíveis). A simulação foi realizada no Berço 106, numa realização do Itaqui por meio da Transpetro.

O teste, entre os navios Flagship, originário dos Estados Unidos, e Nave Atria, vindo de Belém (PA), tem por objetivo demonstrar a segurança da manobra para as autoridades responsáveis pelo processo de autorização desse tipo de operação no porto público do Maranhão. A operação ship to ship é um tipo de manobra entre navios que pode acontecer tanto em mar aberto (underway) quanto em áreas portuárias, com navios atracados (double banking).

A operação é um instrumento de facilitação, de impulso das atividades portuárias, um incremento que agiliza a operação portuária e vem sendo utilizado no mundo todo. “O Porto do Itaqui tem três berços que operam com combustíveis e a partir do momento em que possibilitamos essa operação, conseguimos dobrar a capacidade com um investimento menor do que, por exemplo, a construção de um berço. Além disso, temos uma entrega mais rápida a níveis de produtividade. Sem dúvidas, é um divisor de águas para o nosso porto!”, afirmou o presidente da EMAP, Gilberto Lins.

“A operação já é realizada em outros terminais, como Suape e Angra, e ficam claros o potencial e os benefícios que ela traz para esses portos, por isso é um divisor de águas realizar esse teste no Itaqui. Agora, vamos aguardar a liberação da ANP para começarmos a operar e, com certeza, vamos ganhar muito em produtividade, sempre colocando em primeiro lugar a segurança e o meio ambiente.”, explicou Gerson Melo, gerente geral de operações da Transpetro. 

Hub de combustíveis

O Porto do Itaqui é um dos mais importantes canais de recebimento e distribuição de derivados de petróleo do Brasil, recebendo diesel, gasolina, querosene de aviação (QAV), gás de cozinha (gás liquefeito de petróleo) e combustível marítimo (MGO) de outros países e também de outros estados do país.

Esse combustível chega por navios e uma parte é descarregada até as distribuidoras para abastecerem, por ferrovias e rodovias, os postos de gasolina de diversos estados. Outra parte é transferida de um navio para outro menor, para distribuição dessa carga para outros portos do litoral brasileiro, como Fortaleza, Belém e Itacoatiara.

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