Portos e Terminais

Portos baianos batem recorde de faturamento por cinco meses seguidos

nov, 21, 2019 Postado porSylvia Schandert

Semana201848

De acordo com a Codeba (Companhia das Docas do Estado da Bahia), os portos baianos bateram recorde de faturamento nos últimos cinco meses. O percentual de crescimento chegou a 43,63% em setembro, quando o rendimento saltou de R$ 11 milhões para R$ 16 milhões. Os dados revelam um efeito positivo em cadeia, uma vez que houve maior escoamento e armazenamento de produtos, o que tem gerado maior arrecadação ao estado.

Os números também mostram crescimento na movimentação de carga ¬– 9,7 milhões de toneladas, no total. No mês de outubro, por exemplo, houve registro de 9,85% de aumento no volume de cargas transportadas em relação ao mesmo período de 2018. Em junho, o número chegou a subir 21% quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Dentre os produtos com maior circulação estão o trigo, pelo Porto de Salvador, e a nafta, no Porto de Aratu. “Os resultados apontam para um aquecimento da economia baiana e demonstram a importância de escolher uma gestão técnica voltada para resultados. A Codeba está focada em potencializar as vocações da economia em cada porto”, afirma o Secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni.

Ações eficientes

Para alavancar a performance das operações portuárias, o presidente da Codeba, Alex Sandro de Ávila, tem pautado a gestão em ações que promovem a eficiência das operações e o estímulo da produtividade para elevar o nível de serviço nos portos baianos.

Entre as ações desenvolvidas estão reuniões interativas que possibilitam diálogo direto entre arrendatários, investidores e diretores do Ministério da Infraestrutura com vistas ao fomento a novos investimentos para os portos. Além disso, houve a efetivação de uma nova regra operacional no Porto de Aratu, já em execução experimental, e que tem rendido bons resultados. “Testamos a medida para a melhoria da performance de Aratu. Acredito que o mais importante foi constatar que podemos melhorar nossa produtividade nas operações de descarga de fertilizantes no porto. Com isso, conseguimos produzir mais em menos tempo e diminuir custos para toda a cadeia logística”, destaca Ávila.

A nova regra está em fase de teste por 180 dias e, após este período, a Autoridade Portuária fará avaliação dos resultados e análise técnica para efetivar, adequar ou descontinuar a ação. “Tomamos a iniciativa de criar um grupo de trabalho com a finalidade de promover discussões relativas à otimização da performance e à melhoria na produtividade das operações de descarga de produtos sólidos a granel (fertilizantes) no Porto de Aratu. Esse tema é de extrema importância para nós”, explica Ávila, que preside o órgão desde setembro deste ano. O GT de Produtividade conta com a participação de representantes de toda a comunidade portuária.

Outra ação eficiente foi a chegada do investimento da ordem de R$ 309 milhões no Porto de Aratu. A verba vai proporcionar a construção de um novo píer, o que permitirá a operação de todos os tipos de combustíveis líquidos e de produtos químicos, além da construção de novas áreas de armazenagem. “Isso vai diminuir drasticamente a demurrage, que é a sobretaxa que se paga para o dono do navio por não ter conseguido atracar no berço por falta de espaço. O novo píer vai permitir menor tempo de atracação, além de gerar a possibilidade de recebimento de mais navios importadores, o que significa escoar mais carga e gerar mais arrecadação para o estado”, explica a diretora do Departamento de Gestão de Contratos do Ministério da Infraestrutura, Flávia Morais Takahashi.

Estudo

A Codeba também desenvolve estudo técnico para identificar o potencial e fazer análise da modelagem para atração de novos investimentos para o Porto de Ilhéus e para o Porto de Salvador. A expectativa é que os resultados sejam divulgados no segundo semestre de 2020.

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