Portos do Paraná atingem excelência em segurança de tráfego marítimo
nov, 21, 2019 Postado porSylvia SchandertSemana201948
Os portos do Paraná chegaram praticamente ao máximo Índice de Eficácia por Balizamento do Centro de Auxílio à Navegação Moraes Rego, da Marinha do Brasil, uma métrica usada para avaliar a segurança no tráfego marítimo em todo o mundo. Os terminais paranaenses ficaram muito próximos de 100% no mês de outubro, cuja medição foi divulgada nesta semana.
O Porto da Ponta do Félix, em Antonina, chegou à marca de 100% e o Porto de Paranaguá alcançou 99,85% – nos últimos doze meses, tiveram, respectivamente, eficácia de 96,89% e 99,87%.
Além de verificar a segurança, os valores alcançados apontam as necessidades de ajustes e melhorias. A intenção é garantir que a chegada, a estada e a partida dos navios aconteçam sem contratempos, evitando riscos e prejuízos na operação portuária. “É uma demonstração clara do comprometimento de toda a estrutura portuária com a segurança da navegação e a salvaguarda da vida humana no mar”, destaca o capitão dos Portos do Paraná, capitão de mar e guerra Rogerio Antunes Machado.
Este balizamento é referente ao acesso ao Canal da Galheta e à área de manobras do Porto de Paranaguá, que é de responsabilidade da Capitania dos Portos. “Nossos esforços são para manter o balizamento dentro dos padrões de qualidade exigidos, sempre acima dos 95%”, explica oceanógrafo Ricardo Delfim, que trabalha na Diretoria de Engenharia e Manutenção da empresa Portos do Paraná.
Segundo ele, para garantir segurança à navegação, os portos paranaenses oferecem infraestrutura aquaviária adequada às dimensões dos navios que recebem. “Todo porto precisa ter profundidade, sinalização de auxílio à navegação confiável, estruturas de acostagem e amarração apropriadas e publicações náuticas atualizadas, como as cartas náuticas, lista de faróis, serviços de aviso aos navegantes, por exemplo”.
Delfim acrescenta que também é preciso prever condições de operação, normatização e controle, que são as formas de monitorar e organizar o tráfego marítimo. “Um porto eficiente tem normas claras, frota auxiliar adequada, rebocadores e demais apoios portuários, e conhecimento das condições ambientais e variações naturais”, explica.
Para dar mais segurança, a Portos do Paraná investe R$ 403 milhões na dragagem contínua dos canais de acesso, bacias de evolução e berços públicos em Paranaguá e Antonina. A retirada de sedimentos do fundo do mar é essencial para manter a profundidade, já que a região tem assoreamento constante.
Além disso, o canal de entrada e saída dos navios conta com 70 balizas, número projetado pela Marinha para a área. A empresa também faz o mapeamento hidrográfico regular e estuda a contratação de diversos sistemas e serviços que elevarão ainda mais a segurança de navegação. Entre eles estão o monitoramento meteoceanográfico, o monitoramento do tráfego por AIS (transmissores e receptores automáticos que trocam informações a cada minuto) e o acionamento do sistema AIS AtoN, que provêm melhor alcance de identificação e detecção das balizas náuticas em qualquer condição de tempo. Dessa forma, a localização e as condições das balizas náuticas são monitoradas por rádio e comunicadas às embarcações próximas.
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