Portos do Paraná mostra eficiência e inovação em reunião com Ministério da Agricultura
jul, 26, 2024 Postado porGabriel MalheirosSemana202430
A eficiência e a vocação dos portos do Paraná para o escoamento da produção do agronegócio foram pautas da reunião da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Ministério da Agricultura (CTLog), nesta quarta-feira (24), em Brasília. Os portos paranaenses foram apresentados aos membros do comitê pelo diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Durante a reunião, Garcia comentou os desafios logísticos que o estado enfrentará nos próximos anos e detalhou os projetos em andamento para aprimorar a eficiência dos portos. De janeiro a junho de 2024, os portos de Paranaguá e de Antonina alcançaram o volume de 33.780.236 toneladas movimentadas, um recorde histórico registrado num primeiro semestre, com destaque para a movimentação de produtos do agronegócio, como fertilizantes, soja e açúcar.
O presidente comentou que os bons resultados têm sido alcançados apesar das limitações geográficas, que restringem a expansão tanto a leste quanto a oeste, no caso do Porto de Paranaguá. Para superar essas dificuldades, a autoridade portuária tem desenvolvido e implementando estratégias inovadoras para aumentar a capacidade do porto, incluindo a expansão offshore com a utilização de píeres avançados.
Outo pilar estratégico para a Portos do Paraná envolve a integração dos modais de transporte. Atualmente, a malha ferroviária atende apenas uma pequena parte da carga que chega e sai dos portos paranaenses. O presidente ressaltou a necessidade de aumentar o volume de cargas transportadas por ferrovias, reduzindo a dependência dos caminhões. Assim como destacou a importância de preparar os portos para as modificações nos acessos, aumento de volume e incorporação de novas tecnologias.
“Hoje, nosso grande desafio é aumentar a participação da ferrovia, que atualmente movimenta apenas 20% do volume total de 65 milhões de toneladas. Essa participação é muito pequena e precisamos avançar nesse aspecto, mudando a matriz de chegada e reduzindo a dependência dos caminhões. Temos orgulho de movimentar esse volume anualmente sem qualquer fila, aquelas filas famosas que não ocorrem há mais de uma década. Hoje, conseguimos prever a chegada de caminhões com sete dias de antecedência”, afirmou Garcia.
Esse gargalo, relacionado principalmente às ferrovias, deverá ser mitigado com a conclusão das obras de modernização da infraestrutura do Porto de Paranaguá, com o Moegão, atualmente com cerca de 10% concluídas e previsão de término em dezembro de 2025. O projeto inclui a implementação de um sistema de recepção e descarga ferroviária de grãos e farelos nos terminais de exportação, além da adequação das infraestruturas rodoviária e ferroviária na região leste do porto.
O projeto, lembrou Garcia, é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com investimento de R$ 495 milhões, o primeiro do tipo para uma autoridade portuária.
O presidente também destacou investimentos em dragagem, totalizando R$ 403 milhões, destinados à remoção do assoreamento dos canais de acesso, bacias de evolução, berços públicos e fundeadouros. Ele também enfatizou que a concessão do canal de acesso, atualmente em andamento, incluirá um programa de manutenção e aprofundamento dos canais, essencial para manter a competitividade dos portos paranaenses. Outro ponto abordado foi o investimento de R$ 26,9 milhões em derrocagem entre 2021 e 2022, que eliminará gargalos e melhorará as condições de operação marítima e aquaviária.
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