Potássio do Brasil aposta em caminhões e barcaças para levar insumos ao Mato Grosso
out, 18, 2023 Postado porSylvia SchandertSemana202340
O foco da Potássio do Brasil será abastecer o mercado de Mato Grosso com o fertilizante que deverá ser retirado da mina em Autazes (AM). Principal produtor de soja e milho do país, Mato Grosso consome mais de quatro milhões de toneladas do adubo por ano.
Para facilitar a chegada do potássio até os produtores mato-grossenses, a multinacional já fechou contrato com a Amaggi, maior trading agrícola de capital nacional, para fornecimento de 500 mil toneladas anuais.
A Hermasa, companhia de navegação do grupo comandado pela família do ex-ministro da Agricultura, ex-senador e ex-governador de Mato Grosso Blairo Maggi, fará a operação de logística edistribuição dos fertilizantes para o Estado.
Adriano Espeschit, presidente da Potássio do Brasil, disse que a parceria com a Amaggi vai facilitar a entrega dos produtos, além de garantir que a logística terá baixa pegada de carbono. A intenção é carregar com o fertilizantes os caminhões e barcaças que levam soja e milho de Mato Grosso para exportação até os portos do Arco Norte. Hoje, caminhões e barcaças retornam para o Estado vazios.
“De cada 50 caminhões que sobem com a soja, precisamos de um para descer com fertilizante”, afirma Espeschit. A provável construção da Ferrogrão poderá ser uma vantagem adicional para a distribuição do potássio que a multinacional pretende explorar no Amazonas.
Como o potássio é uma commodity negociada internacionalmente, os preços da futura produção no Norte do país não deverão ter grandes diferenças para o consumidor final. Mesmo assim, o produto segue atrativo, diz Espeschit.
“Vamos trazer para o mercado a garantia de entrega de forma mais tranquila. Atualmente, os produtores precisam se associar para comprar um navio inteiro de fertilizante, o que é complexo. Com a gente, eles poderão comprar um caminhão ou um saco, diretamente”, explicou.
O atraso para o início das operações, devido à paralisação do processo na Justiça, já encareceu o empreendimento em Autazes. Mesmo assim, ele vantajoso, já que a dependência brasileira das importações é bastante elevada. O preço de uma tonelada de cloreto de potássio é de cerca de US$ 500. Já o custo para extração é de US$ 86 por tonelada. “O projeto se mostra viável e extremamente atrativo para os investidores”, completou Espeschit.
A multinacional também continua de olho na possibilidade de ampliação da área a ser explorada em Autazes. A empresa mantém interesse em dois blocos ao leste da futura mina que pertencem à Petrobras. A Potássio do Brasil participou de dois processos para compra dos direitos de mineração de Fazendinha e Araripe, na Bacia do Amazonas, mas o negócio não foi concluído. Atualmente, a única mina de potássio em exploração no país fica em Sergipe e pertence à multinacional Mosaic.
Fonte: Globo Rural
Para ler a reportagem original, acesse: https://globorural.globo.com/agricultura/noticia/2023/10/potassio-do-brasil-aposta-em-caminhoes-e-barcacas-para-levar-insumos-ao-mato-grosso.ghtml
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