Preço do potássio triplica e registra recorde histórico
mar, 23, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202212
A alta no preço do potássio testa os limites do mercado. O principal insumo usado como fertilizante na agricultura viu seu preço mais do que triplicar neste mês em relação ao custo de um ano atrás.
A tonelada do potássio, que o mundo negociava por cerca de US$ 300 no início de 2021, está cotada hoje em US$ 1,1 mil. E a tendência é de alta, dada a incerteza sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia.
O potássio é um dos três fertilizantes químicos essenciais na produção agrícola de larga escala. Ao lado do nitrogênio e do fósforo, o item retirado do subsolo de rochas compõe a trinca dos elementos – conhecida pela sigla “NPK” – mais utilizados no cultivo de soja, milho, café, trigo, arroz e cana-de-açúcar, além de frutas.
Se considerada a oferta do composto NPK, o Brasil importa hoje 85% desses fertilizantes para abastecer o consumo nacional. A dependência específica de potássio, porém, sobe para 96%.
O maior pico no preço global do potássio registrado até hoje ocorreu entre 2008 e 2009, quando a crise das hipotecas dos bancos americanos contaminou a economia mundial.
Naquela ocasião, apontam os dados históricos, o potássio chegou a custar US$ 700 a tonelada. O câmbio, porém, estava na casa dos R$ 2,20. Hoje, o preço chega ao mercado ao custo de R$ 1,1 mil, mas com dólar em torno de R$ 5.
Sem previsão
O que preocupa governo, fornecedores e agricultores é não ter ideia de quando a situação será resolvida. Extrair potássio não é algo que se faz do dia para a noite.
Trata-se de minas que, geralmente, estão localizadas em profundidades de 600 a 800 metros. Não basta apenas alcançar essas áreas. É preciso abrir túneis por onde circulam máquinas de grande porte. Por vezes, até mesmo caminhões. Isso significa investimento pesado e vários meses ou ano de obras.
Com cerca de três meses de estoque de fertilizantes, o Brasil tenta garantir que não haja falta do insumo.
Empresas
Maicon Cossa, vice-presidente comercial da Yara no Brasil, disse que a companhia tem feito tudo o que é possível para garantir a entrega do insumo. O Brasil é o maior cliente individual da empresa no planeta e responde por cerca de 20% de toda a sua produção, hoje comercializada em mais de 150 países.
“Temos investido para aumentar a produção, mas o que podemos garantir, no curto prazo, é rodar com a eficiência máxima possível a nossa estrutura”, afirmou Cossa. “Há muitas incertezas sobre o desenrolar da guerra. O que a Yara está fazendo, sendo uma empresa global, é buscar o melhor possível para minimizar os impactos no Brasil.”
Além de trazer ao país a manufatura de potássio que concentra em países como Noruega e Holanda, a Yara tem bases de exploração do produto em Rio Grande (RS) e em Cubatão (SP). Essa produção local responde por cerca de 20% de tudo que a empresa vende no mercado nacional.
A Mosaic Fertilizantes informou que “lamenta o que está ocorrendo no cenário geopolítico internacional” e que “está atenta aos impactos nos mercados nacional e internacional de fertilizantes, analisando cautelosamente para atender da melhor forma às demandas locais”. O potássio tem um peso médio que oscila entre 30% e 40% no custo da produção agrícola, conforme a região e o plantio.
Fonte: Canal Rural
Para ler o artigo original completo, acesse:
https://www.canalrural.com.br/noticias/economia/preco-do-potassio/
-
Portos e Terminais
abr, 29, 2020
0
ANTAQ autoriza DP World a operar instalação em Santos
-
Carnes
dez, 02, 2018
0
Minerva reduzirá dívida listando subsidiária chilena
-
Portos e Terminais
set, 27, 2024
0
Contrato para execução do Porto de Arroio do Sal será assinado em outubro, afirmam ministros
-
Logística Outros
mar, 15, 2022
0
Intermodal 2022: Brado apresenta planos para operação na Malha Central