Preço elevado do trigo inibirá exportação

Mesmo diante da perspectiva de uma produção recorde de trigo neste ano, e com os problemas de fornecimento no Hemisfério Norte, o Brasil não deverá ganhar espaço no mercado internacional do cereal. Isso porque a tendência para o preço que será cobrado em dezembro, quando a safra atual terá sido colhida, mostra que o trigo brasileiro será um dos mais caros do mundo. Negativo para quem pensava em exportar, o cenário tampouco traz tranquilidade para o mercado doméstico.

Veja abaixo o histórico das exportações e importações de trigo do Brasil no período de janeiro de 2021 a junho de 2022. Os dados são do DataLiner.

Exportações e Importações Brasileiras de Trigo (HS 1001) | Jan 2021 – Jun 2019 | WTMT

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Estudo da consultoria T&F projeta que o preço a ser recebido pelo produtor gaúcho em dezembro alcançará R$ 102 a saca, e que o preço FOB (no porto de Rio Grande) chegará a US$ 385 a tonelada, levando em consideração custos de transporte e dólar a R$ 5,08.

Nesse patamar, diz Luiz Carlos Pacheco, analista e sócio da T&F, o trigo brasileiro chegaria à Argélia, por exemplo, que é um grande importador, a US$ 465, acima do cereal produzido na Argentina (US$ 450), no Canadá (US$ 416), nos EUA (US$ 408, trigo duro), na França (US$ 383) e na Rússia (US$ 315).

“Isso significa que, para haver escoamento para exportação, o preço em balcão [aquele pago ao produtor] do trigo deveria ficar em R$ 88 a saca, algo inimaginável diante dos altos custos de produção”, afirma. Portanto, a grande safra brasileira, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em mais de 9,2 milhões de toneladas, deverá ficar quase toda no mercado interno.

Fonte: Valor Econômico

Para ler o texto original completo acesse: https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2022/08/18/preco-elevado-do-trigo-inibira-exportacao.ghtml

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