Preços recordes fazem com que a América Latina pause a compra de diesel
mar, 09, 2022 Postado porGabriel MalheirosSemana202210
As compras latino-americanas diminuíram frente ao aumento dos preços dos produtos petrolíferos refinados que atingiram nível recorde novamente no dia 7 de março, sendo o diesel o produto mais procurado, além de mais difícil de se encontra, pagar e transportar.
Os futuros de ULSD e de gasóleo levaram a aumentos dos produtos refinados, em grande parte devido à dependência da Europa aos barris russos sendo que os estoques já estavam apertados depois que um inverno frio reduziu os estoques dos EUA. O ULSD do primeiro mês da NYMEX fechou em US$ 3,9215/gal em 7 de março, alta de 14,52 centavos no dia e alta de US$ 1,07 desde 25 de fevereiro, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
As avaliações de carga entregue na América Latina, mesmo contabilizando um atraso acentuado para entrega de 15 a 30 dias, passaram de US$ 160/b em muitas regiões para ULSD.
Em fevereiro, houve uma onda constante de licitações quase diárias de compra, incluindo as da Argentina para 18 cargas de diesel com alto teor de enxofre.
Lenny Rodriguez, líder da equipe de análise de petróleo da América Latina da S&P Global Commodity Insights, disse que pode haver restrições financeiras em jogo ou linhas de crédito estouradas “dado o ambiente de preços extremamente alto”. Os poucos negócios futuros podem estar tentando evitar o aumento dos preços ou garantir as cargas disponíveis, disse ele.
“Eles também podem estar antecipando que os recursos do USGC podem ser retirados da Europa [se o suprimento russo faltar] de modo que não haverá suprimento suficiente para os europeus”, disse ele. “As coisas estão muito fluidas agora.”
As avaliações da Platts pela S&P Global Commodity Insights subiram US$ 5,42 para US$ 161,36/b em relação ao ULSD CIF Eastern Mexico, enquanto a contraparte da gasolina subiu 49 centavos para US$ 142,62/b. As cargas ULSD subiram US$ 5,17 para US$ 162,36/b em Santos, Brasil; saltou de US$ 5,82 para US$ 165,35/b no Equador; subiu US$ 5,82 para US$ 165,35/b no Peru; e aumentou US$ 6,10 para US$ 166,91/b na Argentina.
Os preços de paridade de importação ULSD projetados para refletir os custos com base nos três dias prevalecentes saltaram US$ 6,36 cada na Colômbia e no Peru para US$ 158,43/be US$ 164,05/b, respectivamente, enquanto o IPP de Santos subiu US$ 6,35 para US$ 165,62/b. Betim no Brasil registrou o maior preço ULSD IPP, de US$ 6,35 para US$ 171,16/b.
Uma segunda fonte do mercado observou que a onda de licitações vista há um mês secou, com a Colômbia deixando de conceder duas licitações de jato e ULSD em meados de fevereiro, Uruguai e Argentina não mais procurando por gasóleo como esperado e o Equador se encontra extraordinariamente quieto. A Petroperu parece ter cancelado várias licitações de gasolina e destilados com vencimento até o final de fevereiro, mas depois buscou 120.000 barris de uma combinação ULSD/jet fuel para meados de março — uma entrega que é mais rápida que o normal e também 40% menor que o normal.
Fonte: S&P Global
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