Aço e Alumínio

Produção de Aço no Brasil Cresce 5,6% em 2024, Mas Exportações Apresentam Queda

dez, 17, 2024 Postado porDenise Vilera

Semana202448

De janeiro a novembro de 2024, a produção de aço bruto no Brasil alcançou 31,1 milhões de toneladas (t), superando em 5,6% o volume registrado no mesmo período de 2023. Segundo dados do Instituto Aço Brasil, divulgados na segunda-feira, 16, o crescimento também foi observado em outras áreas do setor: as importações aumentaram 24,4%, o consumo aparente subiu 9,6% e as vendas internas cresceram 8,7%.

Com a previsão de aumento contínuo até dezembro, a produção total de aço no país deve alcançar 33,7 milhões de toneladas em 2024. No entanto, as exportações enfrentaram uma queda significativa, totalizando 8,8 milhões de toneladas até agora, uma redução de 18,5% em comparação com o ano anterior.

Três setores-chave contribuíram para o desempenho positivo: o setor automotivo registrou um aumento de 12,1% no consumo de aço, enquanto as indústrias de máquinas e equipamentos e a construção civil apresentaram crescimentos de 1% e 4,1%, respectivamente.

Abaixo está uma visão geral histórica das exportações brasileiras de aço em contêineres registradas entre janeiro de 2021 e 2024. Os dados vêm do DataLiner, um produto de inteligência de mercado da Datamar.

Exportações de Aço | Jan 2021 – Out | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Desafios com a China e a Transição Energética

O presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello, destacou a preocupação com a China, que, segundo ele, pratica uma “atividade predatória” ao dominar as exportações de aço. Mello também mencionou dados históricos sobre o consumo de aço, destacando que o Brasil passou de 100,6 quilos por habitante em 1980 para 110,8 quilos por habitante em 2023, uma variação de 10,1%. Em comparação, a China teve um aumento impressionante de 1.863% nesse mesmo período.

Em relação à transição energética, tema discutido na Conferência das Partes da ONU (COP29), Mello afirmou que a indústria de aço e ferro é responsável por apenas 4% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, um número que sobe para 7% no cenário global. Ele criticou a falta de cobrança proporcional sobre outros setores, como o agronegócio, responsável por 32% das emissões, e o setor de energia, com 24%.

Mello também ressaltou que a indústria de aço só aceitará metas de descarbonização que sejam viáveis. Para isso, ele mencionou a necessidade de investimentos de R$ 180 bilhões para viabilizar a transição para uma energia limpa, além da utilização de hidrogênio como substituto no processo de descarbonização, algo que exigiria uma postura mais aberta da Petrobras.

Fonte: Xodó News

Sharing is caring!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


O período de verificação do reCAPTCHA expirou. Por favor, recarregue a página.