Produção de peixe avança e receita supera R$ 1 bilhão

Em 2020, a piscicultura paranaense cresceu 11,5%, o que resultou em 172 mil toneladas de peixes abatidos e receita superior a R$ 1 bilhão. Os dados são da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), que estabelece o Paraná como líder nacional da proteína, com 21,4% da produção. Os dois maiores grupos produtores de peixes do país são do Estado e planejam expandir suas atividades e explorar o mercado internacional.

A Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol) reúne 250 piscicultores associados que, juntos, produziram 14 mil toneladas de tilápias em 2020, respondendo por 6% da produção nacional. A tilápia é a principal espécie de cultivo do país, representa 60,6% da produção e 90% da paranaense.

A Copacol abate 160 mil tilápias por dia em dois frigoríficos, em Nova Aurora e em Toledo, no Oeste do Estado. Recentemente iniciou um ciclo de expansão com a meta de processar 250 mil tilápias por dia em 2025. O investimento total deverá chegar a R$ 140 milhões. O frigorífico de Toledo, que hoje abate 25 mil tilápias por dia, deverá chegar a 40 mil tilápias no final do ano e 80 mil, trabalhando em dois turnos, em 2025.

No total, a Copacol reúne 6,2 mil produtores, que têm na criação de frango a principal atividade. “A piscicultura surgiu de uma demanda de alguns cooperados por uma renda extra e o sucesso despertou o interesse de novos produtores”, diz Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol.

A expectativa é ter 400 cooperados trabalhando com piscicultura nos próximos anos. Cada interessado investirá R$ 350 mil por hectare de açude para a formação do criatório. A cooperativa disponibiliza os alevinos e o apoio técnico para a produção. Cada hectare gera uma renda líquida anual na casa de R$ 30 mil.

Em 2020 a cooperativa faturou R$ 5,6 bilhões, sendo que 7% se originaram na produção de peixe. São Paulo, Brasília, Campo Grande e os três Estados do Sul são os mercados onde as tilápias são distribuídas. Desde setembro, a cooperativa faz uma exportação mensal de três toneladas para Miami, nos EUA, onde o peixe refrescado chega 48 horas após o abate.“É um aprendizado, já estamos mapeando novas oportunidades no mercado externo onde, em breve, atuaremos com peixes congelados.”

Em 2020, o Brasil exportou 6.680 toneladas de peixes e obteve uma receita de US$ 11,7 milhões.

Fonte: Valor Econômico

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