Produção de veículos cresce 14,2% em julho em 2019
ago, 07, 2019 Postado porSylvia SchandertSemana201933
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apresentou o balanço da produção de veículos em julho de 2019 e no acumulado dos sete primeiros meses do ano.
Para o setor de veículos, o resultado apontou para uma alta de 14,2%, na comparação com junho, e de 8,4% em relação a julho de 2018. Foi o melhor mês de julho desde 2013 para a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
No acumulado, a alta na produção de veículos em 2019 é de 3,6% sobre o mesmo período do ano passado, apesar da queda de 38,4% nas exportações provocada pela crise da Argentina, nosso principal parceiro comercial.
O gráfico a seguir, feito a partir de dados da Anfavea, mostra a produção e a exportação de veículos leves do Brasil no período de janeiro de 2012 a julho de 2019:
O mercado interno também mantém alta na produção de veículos superior à previsão de 11,4% feita no início do ano pela Anfavea. No acumulado dos primeiros sete meses, o crescimento é de 12,1% em relação a 2018. Foi o melhor julho em vendas desde 2014, com alta de 12% sobre o mesmo mês do ano passado, e de 9,1% sobre junho deste ano, muito em função dos quatro dias úteis a mais.
“Estamos discretamente otimistas com este início do segundo semestre, período que tradicionalmente tem resultados melhores que a primeira metade do ano. Todas as sinalizações macroeconômicas indicam um cenário mais positivo, sem falar de todas as reformas estruturantes a caminho e medidas de curto prazo para injetar recursos na economia brasileira”, afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
O gráfico abaixo mostra a produção e a exportação de caminhões brasileiros no período de janeiro de 2012 a julho de 2019 de acordo com a Anfavea:
Baixa competitividade no mercado internacional
Além do balanço mensal, a Anfavea compartilhou com a imprensa uma apresentação que mostra as contradições de um mercado doméstico de grande concorrência, mas com baixa competitividade internacional.
Por um lado, temos hoje mais de 60 marcas disputando o mercado nacional de veículos e máquinas agrícolas e rodoviárias, com uma oferta de quase 2.200 modelos e versões de todos os tipos, a grande maioria (87,9%) produzida localmente. Isso sem falar de dezenas de marcas que passaram pelo país nas últimas décadas, mas não resistiram à disputa acirrada do mercado.
“Em outros grandes segmentos da economia, geralmente se conta nos dedos de uma mão o número de empresas disputando o mercado brasileiro”, comparou Moraes. Por outro lado, a baixa competitividade de nosso mercado provocada pelo altíssimo Custo Brasil impede o maior acesso de produtos nacionais a mercados externos. A exceção é a vizinha Argentina, onde os veículos brasileiros representam 63,1% das vendas. No México, parceiro de livre comércio, apenas 5,8% dos carros vendidos são feitos no Brasil.
No restante da América Latina, que deveria ser um grande destino para produtos produzidos no Brasil, não chegamos a 10% de participação. Pior é nos outros continentes, onde os carros brasileiros só conseguem abocanhar fatias inferiores a 1%.
O gráfico abaixo, com dados da Anfavea, mostra a produção e as exportações de CKD do Brasil no período de janeiro de 2011 a julho de 2019:
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