Produção geral de veículos cai 3,5% em fevereiro, pior resultado para o mês desde a crise de 2016
mar, 05, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202110
Segundo o levantamento mensal da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) ,apesar de todos os esforços logísticos feitos pelas montadoras, a produção de autoveículos ainda não retomou aos níveis de antes da pandemia.
O mês de fevereiro teve 197 mil unidades produzidas, 3,5% a menos do que no mesmo mês do ano passado e 1,3% abaixo de janeiro. Desde a crise de 2016 não havia um número tão baixo para o mês na produção de veículos. O acumulado de 396,7 mil do bimestre é 0,2% maior que o de 2020, mas isso se deve à suspensão das férias coletivas em janeiro deste ano por parte de várias empresas.
“Muitas das nossas montadoras trabalharam até durante o Carnaval para tentar recompor os baixos estoques e compensar alguns atrasos e paradas por falta de insumos, mas ainda há muita dificuldade de retomar o ritmo normal de funcionamento das fábricas”, explicou o Presidente Luiz Carlos Moraes. Os estoques de autoveículos nas fábricas e nas concessionárias na virada do mês eram de 97,8 mil unidades, suficientes para 18 dias pelo ritmo atual de vendas, um número ainda muito baixo comparado aos níveis pré-pandemia, de 30 a 40 dias de estoque.
Pior do que os gargalos de produção foi o arrefecimento da recuperação no mercado doméstico. Os licenciamentos de 167,4 mil unidades em fevereiro representaram queda de 16,7% sobre o mesmo mês do ano passado, e de 2,2% sobre janeiro deste ano. O acumulado de 394,5 mil do bimestre significa uma retração de 14,2%. Em compensação, as exportações no bimestre estão nos mesmos patamares do ano passado, pouco acima de 58 mil unidades.
As boas notícias do mês vêm do setor de caminhões. A produção de 11,8 mil unidades foi 37,9% maior que em janeiro e 29,3% maior que em fevereiro de 2020. Os licenciamentos (7,8 mil) cresceram 3,2% e 21,4%, respectivamente. No acumulado do ano, os caminhões registram alta de 24,9% na produção, 11,8% nas vendas e 85,9% nas exportações, na comparação com o primeiro bimestre do ano anterior. Parte dos bons resultados é atribuída à força do agronegócio e à ampliação da rede de entregas em domicílio.
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