Produtores de celulose anunciam novo reajuste na China para maio
abr, 25, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202218
Uma nova rodada de aumento de preços da celulose de fibra curta começou a ser implementada por produtores sul-americanos na China, apurou o Valor. Segundo fontes de mercado, a Klabin comunicou a seus clientes um reajuste de US$ 30 por tonelada a partir de 1º de maio, em movimento que foi acompanhado pela chilena Arauco e pela Bracell.
Com isso, a fibra curta passa a ser negociada a US$ 810 nos pedidos faturados a partir do fim deste mês para a China, disse uma fonte. A aplicação integral do novo aumento eleva a quase 45% a alta acumulada desde o fim de dezembro.
Uma combinação de fatores tem contribuído para que os preços sigam surpreendendo até mesmo os produtores em 2022. Greves, guerra na Ucrânia, ruptura na cadeia logística global e em determinadas regiões e a concentração de paradas programadas para manutenção em fábricas, em um momento de demanda aquecida em particular na América do Norte e na Europa, explicam o rali recente.
Uma vez que esse cenário não mudaria drasticamente no curto prazo, já se esperava novo aumento ainda neste ciclo – os reajustes de até US$ 100 por tonelada para abril, indicou recentemente a Suzano, foram 100% aplicados.
Além desses eventos, problemas no transporte marítimo global e nas cadeias logísticas regionais – faltam vagões, motoristas e caminhões em diferentes regiões – resultaram em consumo dos estoques e pedidos mais robustos de celulose, agravando o descompasso entre oferta e demanda.
Na semana passada, segundo a Fastmarkets Foex, o preço líquido da fibra curta subiu a US$ 784,02 por tonelada no mercado chinês, alta de US$ 91,90 em um mês e de US$ 0,40 em uma semana. O preço líquido da fibra longa, por sua vez, avançou US$ 2,80, para US$ 979,53 por tonelada. No mês, a valorização é de US$ 57,90.
Na revenda chinesa, porém, a celulose de eucalipto recuou US$ 6,20, a US$ 800,79 por tonelada, conforme o BTG Pactual. Além de esses preços terem se equiparado aos da importação, a greve dos trabalhadores da UPM, que já se estendia por 16 semanas na Finlândia, chegou ao fim na sexta-feira. Segundo a Reuters, um mediador nacional teve êxito ao propor um acordo entre as diferentes unidades da UPM e sindicato. Antes do acordo, cerca de 2 mil trabalhadores que paralisaram atividades desde janeiro haviam acertado a extensão da greve até 14 de maio.
Fonte: Valor Econômico
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