Próximo à sua licitação, Porto de Buenos Aires busca uma nova identidade
jan, 21, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202203
O Porto de Buenos Aires começou a funcionar em 1580, com a chegada de Juan de Garay. Hoje, os atores envolvidos nas operações de comércio exterior querem modernizá-lo.
Para que o país seja competitivo, seu principal porto deve ser mais ágil e se adaptar às necessidades das cargas atuais.
Os dez metros de calado que mantém desde a sua fundação tornam inconsistente receber os navios oceânicos de grande porte que estão em crescendo. Investir em infraestrutura, em digitalização e em fazer com que “qualidade de serviço a um custo razoável prevaleça sobre o cânone de exploração”, são prioridades nas quais concordam os referentes de comércio exterior consultados pelo La Nación, que enfatizam a necessidade de se alinhar com uma parceria marítima estratégica e conjunta de longo prazo.
Como entrar em sintonia com o comércio internacional de hoje? “Com um moderno sistema de logística que auxilie no rápido trânsito de mercadorias nos portos. Se o objetivo é cumprir o Acordo de Facilitação de Comércio da OMC, é fundamental avançar rapidamente para essas mudanças”, destaca Enrique Loizzo, presidente do Centro de Despachantes Aduaneiros (CDA). Ele destaca que a entidade vem se reunindo com representantes do setor para interagir e promover iniciativas “rastreáveis para todos os operadores, e convidando o setor público, com propostas sustentáveis”.
Loizzo acredita que “uma comunidade portuária” deve ser criada e debatida sob diferentes perspectivas: “operadores de comércio exterior, autoridades portuárias, alfândegas, empresas de segurança e serviços afins”. Para tanto, no final de 2021 iniciaram reuniões, juntamente com câmaras empresariais – entre outras, a Câmara de Comércio e Serviços (CAC), a Câmara de Exportadores (Cera) e a União Industrial Argentina (UIA), além das autoridades da Administração Geral de Portos (AGP), para posteriormente manifestar suas preocupações em notas dirigidas “aos órgãos reguladores superiores (Ministério dos Transportes da Nação e Ministério da Produção, Ciência e Inovação Tecnológica da província de Buenos Aires)”.
As prioridades
Na lista de problemas aliviados pelas Câmaras, priorizando a situação nos Terminais de Buenos Aires e Dock Sud, constam: a atribuição de turnos de importação; atrasos excessivos nas operações dentro dos terminais; dificuldades de comunicação, uso de ferramentas web; operações em dias e horários impróprios; cobrança de encargos e custos extras na importação high cube (HC).
O gerente-geral da Câmara dos Importadores (Cira), Fernando Furci, ressalta a necessidade de “transparência” das operações portuárias e que “isso se reflete nas faturas, pois os embarcadores não entendem o que lhes é cobrado.
Fonte: La Nacion
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