Quase 90% das exportações do RS estão em cidades abaladas pelas chuvas
maio, 14, 2024 Postado porGabriel MalheirosSemana202419
Quase 90% das exportações do Rio Grande do Sul – RS estão concentradas nas cidades que foram atingidas pelas chuvas no Estado desde o fim de abril.
O cálculo inclui os 336 municípios do Rio Grande do Sul que estão em estado de calamidade pública mais a cidade de Rio Grande, principal exportadora do Estado, que não está no decreto do início do mês, mas que agora sofre com as chuvas, com a enchente invadindo a cidade.
No total, esses 337 municípios venderam US$ 19,6 bilhões no ano passado, ou 89,6% do total. A soma cai para US$ 15,8 bilhões quando é excluída a cidade de Rio Grande (73,2% do total).
O Rio Grande do Sul foi o sexto maior exportador brasileiro no ano passado, com US$ 22,3 bilhões. Os primeiros colocados são São Paulo (US$ 71,5 bilhões), Rio de Janeiro (US$ 46,7 bilhões), Minas Gerais (US$ 40,2 bilhões), Mato Grosso (US$ 32,2 bilhões) e Paraná (US$ 25,3 bilhões).
Ainda que seja um Estado conhecido pela produção agrícola, o RS tem maior peso nas exportações brasileiras na indústria de transformação de baixa tecnologia (terceiro colocado, com 12,7% do total em 2023) e média-alta tecnologia (também em terceiro lugar, com 9%). No caso de produtos sem intensidade tecnológica, o Estado ficou em oitavo lugar, com fatia de 3,5% das vendas nacionais ao exterior.
A China foi a principal compradora das exportações gaúchas, respondendo por 24,6% (US$ 5,5 bilhões), seguida pelos EUA (US$ 2 bilhões). A vizinha Argentina veio na sequência com US$ 1,1 bilhão. O Vietnã foi o quarto maior importador gaúcho em 2023 (US$ 710 milhões), e a Bélgica, o quinto (US$ 681 milhões).
Os principais produtos exportados pelas cidades gaúchas em 2023 foram soja (R$ 4,1 bilhões), tabaco (US$ 2,4 bilhões), tortas e outros resíduos do óleo de soja (US$ 1,8 bilhão), carne de aves (US$ 1,4 bilhão) e pastas químicas de madeira (US$ 833 milhões).
Na quinta-feira (9), o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) anunciou ontem que vai investigar se os municípios foram realmente atingidos pelas enchentes. A situação chamou a atenção das autoridades depois que Imbé, no litoral gaúcho, decretou estado de calamidade na quarta-feira (8). O município, no entanto, não foi afetado pelas chuvas que atingem o Estado nos últimos dias. Segundo o prefeito local, a decisão se deveu ao fato de a cidade ter recebido muitos desabrigados dos municípios vizinhos.
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