Petrobras tem recorde de produção no pré-sal, com 1,9 milhão de barris ao dia
jan, 18, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202203
A Petrobras registrou o maior volume anual de produção no pré-sal em 2021, com a extração de 1,95 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) no ano. O volume correspondeu a 70% de toda a produção da estatal no ano passado, que foi de 2,77 milhões de boe por dia.
Com isso, a produção da companhia na camada abaixo do sal em 2021 foi o dobro do volume produzido nessa região há cinco anos. Até então, o maior volume produzido pela Petrobras no pré-sal havia sido registrado em 2020, com a extração de 1,86 milhão de boe/dia, volume que correspondeu a 66% da produção total da empresa naquele ano.
O plano estratégico da Petrobras publicado ao final do ano passado prevê que em 2026 o pré-sal passará a responsável por 79% da produção total da companhia. Para tanto, a empresa pretende destinar US$ 57 bilhões a investimentos em exploração e produção de petróleo e gás entre 2022 e 2026, dos quais 67% vão para atividades no pré-sal.
Entre 15 novas plataformas que a Petrobras vai instalar nos próximos cinco anos, 12 serão direcionadas a projetos de produção abaixo da camada de sal. O pré-sal deve concentrar as atividades de óleo e gás no Brasil nos próximos anos. A produção da região é considerada mais eficiente em emissão de carbono e mais resiliente quando o barril de petróleo cai a preços baixos, o que a torna mais competitiva na transição para uma economia de baixo carbono.
Em meio à adaptação das petroleiras ao novo cenário, a companhia alemã Wintershall DEA comunicou no último dia 17 por meio de um comunicado que decidiu encerrar todas as operações no Brasil e fechar o escritório que abriu no Rio de Janeiro.
A companhia afirmou que vai se concentrar em regiões e projetos que estejam de acordo com suas metas climáticas. A empresa também ressaltou que o foco da produção global é o gás natural, que atualmente responde por cerca de 70% do portfólio.
A Wintershall tem participação em nove licenças de exploração no Brasil, nas bacias de Potiguar, Ceará, Campos e Santos. Não há compromissos mínimos de trabalho remanescentes nas áreas ou obrigações financeiras significativas.
Os blocos foram arrematados em rodadas de licitação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 2018 e 2019. Na época, a companhia desembolsou R$ 168 milhões em bônus de assinatura.
Fonte: Valor Econômico
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