Reuters: China suspende embarques de soja brasileiro de cinco empresas, dizem fontes
jan, 22, 2025 Postado porDenise VileraSemana202504
A China, maior compradora de soja do mundo, interrompeu o recebimento de embarques de soja do Brasil de cinco entidades após as cargas não atenderem aos requisitos fitossanitários, disseram duas fontes com conhecimento direto do assunto à Reuters nesta quarta-feira, 22 de janeiro.
O Brasil, maior exportador mundial de oleaginosas, suspendeu desde 8 de janeiro os embarques para a China das empresas Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil e C.Vale Cooperativa Agroindustrial, segundo uma das fontes.
Em 14 de janeiro, a alfândega chinesa suspendeu os embarques da Cargill Agrícola S.A. e ADM do Brasil, acrescentou a fonte.
Havia preocupações após algumas cargas apresentarem contaminação química, pragas ou insetos, disseram as fontes.
As empresas controladoras das entidades afetadas não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.
A Administração Geral de Alfândegas da China também não respondeu a um pedido de comentário.
“Quando tentamos processar a liberação no site da alfândega para as cargas de soja enviadas por essas cinco empresas, não conseguimos prosseguir”, disse a segunda fonte, um trader de uma processadora de soja com sede na China.
Não ficou claro quanto tempo durará a suspensão, embora os traders esperem que seja de curto prazo.
“Depende principalmente da rapidez com que as empresas brasileiras podem fornecer provas de que identificaram o problema que levou às inconformidades e apresentar um plano para corrigir isso”, disse a primeira fonte.
A China compra mais de 60% da soja exportada mundialmente, com o Brasil emergindo como o maior fornecedor nos últimos anos. As empresas suspensas estão entre os principais fornecedores de soja para a China.
“Estamos levando isso a sério”, disse um funcionário de uma das empresas afetadas à Reuters. Ele preferiu não ser identificado devido à sensibilidade do assunto.
Processadores de oleaginosas na China garantiram quase todos os seus carregamentos do Brasil para o primeiro trimestre, temendo uma potencial guerra comercial entre Washington e Pequim após a posse do presidente dos EUA, Donald Trump, no início desta semana.
A China importou um recorde de 105 milhões de toneladas de soja em 2024, das quais 71%, ou 74,65 milhões de toneladas, vieram do Brasil.
Reportagem de Laurie Chen, Mei Mei Chu e Ella Cao em Pequim e Naveen Thukral em Cingapura; Edição por Lewis Jackson, Jan Harvey e Bernadette Baum
Fonte: Reuters
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