Segunda Greve Portuária nos EUA é Evitada Após Acordo Entre Sindicato e Empregadores

O sindicato que representa cerca de 45 mil trabalhadores portuários das costas leste e do Golfo dos EUA e seus empregadores anunciaram, na quarta-feira, um acordo provisório de seis anos. A decisão evita uma nova greve que poderia ter causado interrupções nas cadeias de suprimentos e impactos econômicos significativos para os Estados Unidos.

Em uma declaração conjunta, a Associação Internacional de Estivadores (ILA) e a Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX) descreveram o acordo como um “ganha-ganha”. A resolução de questões relacionadas à automação, apontada como o maior ponto de impasse nas negociações, foi incluída no novo contrato.

“Este acordo protege os empregos atuais da ILA e estabelece uma estrutura para implementar tecnologias que não só modernizarão os portos da costa leste e do Golfo, mas também criarão novos postos de trabalho. Além disso, ele aumentará a segurança, a eficiência e a capacidade dos portos, contribuindo para cadeias de suprimentos mais robustas”, afirmaram os grupos.

Embora os detalhes do acordo ainda não tenham sido divulgados, ambas as partes concordaram em manter as operações sob o contrato vigente até que o novo seja ratificado.

As negociações, que foram prorrogadas até 15 de janeiro, concentraram-se em superar o impasse sobre automação, que causava preocupação entre executivos e clientes do setor de transporte marítimo. Um eventual fracasso nas negociações poderia ter levado a uma segunda paralisação da ILA, dias antes da posse do presidente eleito Donald Trump, prevista para 20 de janeiro.

Em outubro, uma greve de três dias da ILA resultou em aumentos de custos de frete e atrasos nos 36 portos afetados. A paralisação foi encerrada após os empregadores concordarem com um aumento salarial de 62% para os trabalhadores ao longo de seis anos.

Os empregadores abrangem desde operadores de terminais, como a APM (subsidiária da dinamarquesa Maersk), até divisões americanas de grandes transportadoras, incluindo a chinesa COSCO Shipping e a suíça MSC.

A Federação Nacional do Varejo (NRF), que representa grandes importadores como Walmart e Target, celebrou o acordo, destacando que ele traz estabilidade ao setor marítimo e reduz o risco de novas interrupções.

“O acordo pavimenta o caminho para modernizações necessárias, essenciais para o crescimento futuro desses portos e para a resiliência geral da cadeia de suprimentos nos EUA”, afirmou Jonathan Gold, vice-presidente de cadeia de suprimentos e política alfandegária da NRF.

Fonte: Noticias Agrícolas

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