Segundo CNI, pandemia afetou negativamente 57% das indústrias exportadoras
jul, 09, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202028
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou uma pesquisa junto às empresas exportadoras e importadoras para medir impacto da pandemia do novo coronavírus no comércio exterior brasileiro. Os dados revelaram que a maioria das empresas foi afetada negativamente. Entre as exportadoras, 57% registraram queda no valor faturado. Entre as importadoras e aquelas que investem em países estrangeiros, a queda foi ainda mais relevante, de 70%.
O levantamento, realizado entre os dias 02 e 10 de junho avaliou os dados referentes a abril e maio de 197 empresas internacionalizadas (exportadoras, importadoras ou com investimentos no exterior) e é a segunda consulta da entidade para avaliar o impacto da pandemia no comércio exterior do Brasil.
Apesar do estudo mostrar um quadro negativo, na comparação com a primeira edição, os dados indicam que a queda no valor de exportações desacelerou. Em fevereiro e março o índice de retração havia sido de 80%, um percentual 23 pontos maior que o registrado nos meses de abril e maio.
Na projeção para os próximos 60 dias, as exportações de 36% das empresas consultadas serão afetadas negativamente, o que aponta uma nova desaceleração na queda com uma retração de 21 pontos percentuais no indicador na comparação com os meses de abril e maio.
Queda nas importações
Entre as importadoras, sete em cada dez empresas registram queda no valor das operações e 26% das afetadas afirmaram que tiveram uma retração superior a 50% nos últimos 30 dias. Apesar disso, a projeção para os próximos 60 dias é que esse índice caia praticamente pela metade (36%). Os principais países impactados são a China e os Estados Unidos, ambos mercados estratégicos da indústria. Nesses lugares 58% e 29% respectivamente das empresas indicaram que reduziram as importações.
Entre as empresas que investem no mercado internacional, 70% informaram que reduziram a destinação de recursos para o exterior. A queda maior foi sentida na China (35%), Estados Unidos (30%) e Alemanha (13%). Na perspectiva para os próximos 60 dias, os maiores indicadores de retração também são registrados na China (44%) e nos Estados Unidos (31%).
Dificuldades de transporte
A pesquisa também apontou que as principais preocupação das empresas internacionalizadas com os efeitos da pandemia são com a redução das exportações (24%) e da produção (19%), bem como o aumento do preço da matéria-prima (15%). Entre as quase 200 empresas que participaram da consulta, 60% delas usam o modal marítimo para exportar ou importar produtos. Entre elas, a maior dificuldade tem sido a redução na frequência de navios, apontada como um problema para 39%, seguido do aumento no valor do frete (27%). Só 23% das empresas que usam esse modal afirmaram não ter enfrentado problemas.
Segundo modal mais usado, o aéreo atende a 43% das empresas que exportam ou importam. Entre elas, o aumento no valor do frete é a principal (54%) dificuldade, seguida pela redução na frequência de voos internacionais (37%). A redução na frequência de voos domésticos e suspensão das rotas aéreas internacionais aparecem empatadas com 21% das empresas indicando como uma dificuldade encontrada em tempos de pandemia. Apenas 19% das empresas que usam este modal não enfrentaram problemas.
-
Portos e Terminais
out, 23, 2024
0
Setor portuário entra em greve contra mudanças na lei
-
Logística Outros
ago, 02, 2022
0
VLI e BP Bunge renovam parceria para operação multimodal de açúcar
-
Carnes
maio, 09, 2023
0
Embarque brasileiro de carne bovina recua 25%
-
Portos e Terminais
nov, 17, 2021
0
Governo do Ceará inaugura setor 2 do ZPE no Complexo do Pecém