Senador dos EUA propõe suspensão de compras de carne brasileira
nov, 21, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202144
O senador americano Jon Tester, do Partido Democrata, apresentou, no último dia 18, um projeto de lei para suspender as importações de carne bovina do Brasil. O parlamentar alega que as autoridades brasileiras demoraram para notificar a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) sobre os dois casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), também conhecida como “mal da vaca louca”, confirmados em setembro.
Segundo ele, o Brasil demorou muito mais para informar a OIE sobre os casos do que outros países que enfrentaram o mesmo problema. “Em 3 de setembro de 2021, o Brasil anunciou dois casos de EEB atípica detectados em junho do mesmo ano. A maioria dos países relata casos semelhantes imediatamente. Neste ano, Reino Unido e Alemanha relataram casos alguns dias depois de sua ocorrência”, disse, em nota.
O senador alega que o atraso gerou uma “quebra de confiança”. “Isso tem sido uma ocorrência rotineira. O Brasil também esperou meses ou até anos para relatar casos semelhantes em 2019, 2014 e 2012”, acrescentou.
Confira a seguir um histórico das exportações brasileiras de carne bovina para os Estados Unidos. Os dados são do DataLiner:
Exportações Brasileiras de Carne Bovina (HS 0202) para os EUA | Abr 2020 a Set 2021 | WTMT
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Sob esse argumento, o parlamentar pede em seu projeto o embargo das importações até que especialistas possam conduzir uma “revisão sistemática da segurança do produto”. Vale lembrar que, após notificar a notificação à OIE, em setembro, o órgão concluiu dias depois que o risco de contaminação do rebanho brasileiro era “insignificante”.
“Embora casos raros e únicos de EEB atípica não indiquem necessariamente problemas sistêmicos com a saúde do rebanho bovino brasileiro, atrasos repetidos nos relatórios sugerem um regime de segurança alimentar excessivamente frouxo e levantam preocupações sobre o relato de doenças perigosas adicionais, como a febre aftosa, peste suína africana e gripe aviária”, concluiu Tester.
Fonte: Valor Econômico
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