Setembro registra crescimento significativo no comércio Argentina-Brasil
out, 15, 2024 Postado porSylvia SchandertSemana202441
O comércio bilateral entre Argentina e Brasil saltou para US$ 2,73 bilhões em setembro de 2024, refletindo um aumento de 27,1% em relação aos US$ 2,15 bilhões registrados no mesmo mês de 2023, de acordo com o último relatório da Câmara Argentina de Comércio e Serviços (CAC). Em comparação a agosto, o comércio também cresceu 16%, impulsionado por um aumento de 8,9% nas exportações e uma forte alta de 23% nas importações.
O gráfico abaixo foi elaborado usando dados do DataLiner, um produto de inteligência marítima da Datamar. Ele compara embarques de contêineres do Brasil para a Argentina entre janeiro de 2021 e agosto de 2024 com importações de contêineres vindos da Argentina com destino aos portos brasileiros. Veja mais detalhes abaixo.
Comércio de contêineres Brasil-Argentina | Jan 2021 – Ago 2024 | TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
As exportações argentinas para o Brasil totalizaram US$ 1,27 bilhão em setembro, alta de 29,2% em relação ao ano anterior, marcando o quarto mês consecutivo de crescimento positivo. As importações do Brasil chegaram a US$ 1,45 bilhão, um aumento de 25,4% em relação ao mesmo período de 2023, resultando em um déficit comercial de US$ 182 milhões para a Argentina.
Nos primeiros nove meses de 2024, o déficit comercial da Argentina ficou em US$ 56 milhões. As exportações aumentaram 7,3% em comparação com o mesmo período de 2023, enquanto as importações do Brasil caíram 28,4%.
O aumento ano a ano nas exportações argentinas para o Brasil foi principalmente impulsionado por vendas maiores de trigo não triturado e centeio, veículos automotores de uso comercial e especial, veículos de passageiros e peças de veículos. Por outro lado, o aumento nas importações do Brasil foi amplamente atribuído a compras maiores de veículos de passageiros, veículos automotores comerciais, energia elétrica e veículos rodoviários.
A Argentina foi o terceiro maior fornecedor de bens para o Brasil, atrás da China, Hong Kong e Macau (US$ 5,78 bilhões) e dos Estados Unidos (US$ 3,81 bilhões). A Argentina também ocupou a terceira posição entre os principais compradores do Brasil, atrás da China, Hong Kong e Macau (US$ 7,56 bilhões) e dos Estados Unidos (US$ 3,26 bilhões).
As exportações globais do Brasil tiveram um aumento modesto de 0,3% em setembro, alcançando US$ 28,79 bilhões em comparação aos US$ 28,71 bilhões do mesmo mês do ano passado. As importações, no entanto, dispararam 19,9%, subindo de US$ 19,53 bilhões em 2023 para US$ 23,43 bilhões neste ano. O Brasil registrou um superávit comercial de US$ 5,36 bilhões em setembro de 2024, marcando o 32º mês consecutivo de saldo comercial positivo, embora inferior ao superávit de US$ 9,18 bilhões visto em setembro de 2023.
Além disso, as expectativas de mercado levantadas pelo Banco Central do Brasil em setembro indicaram uma previsão de crescimento do PIB de 3,0% para 2024, acima da estimativa anterior de 2,68%. As expectativas de inflação aumentaram para 4,38%, em comparação com 4,30% do mês anterior, e a taxa de juros Selic deve atingir 11,75%, acima da taxa atual de 10,75%.
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