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Setor de máquinas cai 9,2% no ano e deve rever projeções, informa Abimaq

ago, 31, 2023 Postado porGabriel Malheiros

Semana202335

A receita total do setor de máquinas no Brasil manteve em julho o ritmo de queda que começou em meados de 2022 e não conseguiu reagir em nenhum mês neste ano. Com o início do segundo semestre fraco, os fabricantes devem rever para baixo as estimativas para 2023. A atual expectativa é de queda de 3,4%. Será o segundo ano seguido de redução na receita dos fabricantes, já que 2022 fechou com receita 5,9% menor em relação a 2021.

Segundo números divulgados na tarde desta quarta-feira (30) pela Abimaq, entidade que representa os fabricantes, no acumulado de sete meses de 2023 o setor faturou R$ 166,2 bilhões, redução de 9,2% sobre o mesmo período do ano passado.

Em julho a receita total foi de R$ 23,7 bilhões, quedas de 10,5% na comparação anual e de 4,6% e relação a junho. Quando se compara com 2021, ano marcado pelos efeitos da pandemia de covid-19 sobre a economia, a receita do setor ainda apresenta queda. Nesse caso a redução é de 13,8% na comparação sobre julho de 2021.

O que puxa para baixo o desempenho geral é o mercado interno. A receita líquida interna acumulada em sete meses em 2023 é de R$ 126,4 bilhões, queda de 13,8% sobre 2022. A explicação principal é o aumento da taxa de juros desde meados do ano passado, o que inibe o investimento em máquinas e equipamentos.

Comércio Exterior

As exportações continuam sendo a alternativa de crescimento dos fabricantes nacionais. Em julho, os embarques do setor somaram US$ 1,17 bilhão, alta de 12,2% na comparação com o mês anterior e de 16,7% sobre o mesmo mês de 2022. No ano acumulam US$ 7,85 bilhões em vendas, expansão de 18,6% em relação ao ano passado. A expectativa da Abimaq para as exportações é de crescimento de 8,6% neste ano.

As importações também crescem neste ano. Em julho somaram US$ 2,29 bilhões e no ano acumulam US$ 15,6 bilhões. Houve expansão de 2,4% em relação a junho e de 15,8% sobre julho do ano passado. Já o acumulado do ano tem alta de 14,3% na comparação com os sete meses de 2022. A China é responsável por 24% do total de importações do setor.

Fonte: Valor Econômico

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