Soja segue para 3ª perda semanal com baixa demanda na China e safra do Brasil
out, 07, 2022 Postado porGabriel MalheirosSemana202240
A soja negociada na bolsa de Chicago teve leve alta no início desta na sexta-feira, mas permaneceu no caminho para um terceiro declínio semanal, pressionada pela desaceleração da demanda do principal importador, China, e pelas expectativas de produção recorde no Brasil.
Os preços do trigo subiam devido às preocupações com a produção na Rússia e na Ucrânia, embora o mercado esteja pronto para sua primeira queda em três semanas.
“A demanda chinesa por soja está lenta e há estimativas de uma grande safra no Brasil, embora seja um pouco cedo porque a safra ainda não foi plantada”, disse um analista em Sydney.
O contrato de soja mais ativo em Chicago subia 0,3%, a 13,6225 por bushel, apontando para perdas nas últimas três semanas para mais de 6%.
O trigo rumava para uma queda de 4% nesta semana, enquanto o milho, meio por cento no mesmo período.
As importações de soja pela China devem cair para o menor nível em mais de dois anos neste mês, aumentando o aperto na oferta de importante ingrediente de ração animal e agravando os problemas dos fabricantes de ração para suínos do país.
As chegadas de soja na China, o maior importador do mundo, estão estimadas em cerca de 5 milhões de toneladas em outubro, de acordo com dois traders e Ole Houe, diretor de serviços de consultoria da corretora agrícola IKON Commodities em Sydney.
Veja abaixo o histórico do volume de soja (HS 1201) exportado pelo Brasil para a China segundo dados da plataforma DataLiner.
Exportações de soja para a China | jan 2019 – ago 2022 | WTMT
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Importações de 5 milhões seriam as mais baixas desde março de 2020.
A chegada das chuvas em setembro permitiu um início promissor para a safra 2022/2023 da soja no Brasil, com os agricultores prestes a colher um recorde de 150,62 milhões de toneladas, apesar dos riscos de seca associados ao fenômeno climático La Niña no sul do país, segundo uma pesquisa da Reuters.
Traders do mercado de trigo estão acompanhando de perto as condições de plantio na Rússia e na Ucrânia, onde uma guerra prolongada entre os dois países já reduziu as exportações.
É improvável que a área de semeadura de grãos de inverno da Ucrânia para a safra de 2023 exceda 2 milhões de hectares e a colheita pode cair pelo menos 50%, disse o chefe de uma grande empresa agrícola ucraniana no dia 06 de outubro.
O baixo nível de reservas de umidade no solo no celeiro do sul da Rússia representa riscos para a safra de grãos de 2023 do maior exportador de trigo do mundo, disse Roman Nekrasov, funcionário do Ministério da Agricultura no mesmo dia.
Fonte: Reuters
Para ler o artigo original completo, acesse: https://www.reuters.com/article/global-grains-idAFL1N31804L
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