Suape começa a investir em carga de grãos do Matopiba

O Matopiba, região que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, é conhecido por sua produção de grãos, que hoje representa 10% de toda a produção de grãos e fibras no país, principalmente de soja, milho e algodão. O consórcio SUA Granéis, que foi arrematado pelo Terminal de Granéis Sólidos do Porto de Suape, formado pelas empresas Agemar, Loxus e Marlog, afirma que a região já é seu foco e que pretende investir nela.

“O Matopiba está no nosso radar!”, afirma Manoel Ferreira, diretor da SUA Granéis. De acordo com dados levantados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de grãos do Nordeste deve crescer quase 17% em 2022, e a colheita deve chegar a cerca de 28 milhões de toneladas, recorde na série histórica da instituição. A soja, principal figura da safra de grãos do NE, é mais da metade da colheita, com mais de 14 milhões de toneladas.

“Sete dos nove Estados da região devem puxar o crescimento e, três deles, Maranhão, Piauí e Bahia, os quais integram o Matopiba, devem colher algo próximo de 26 milhões de toneladas, pouco mais de 90% do total”, ressalta o diretor. Outro fator para focar nessa região é a capacidade de armazenamento e a grande quantidade de portos para fazer a descarga de fertilizantes.

Ainda de acordo com a Conab, para aumentar a safra de grãos do Nordeste, aumentaram em 9% a área plantada, além da expansão em produtividade, que converteu cerca de 7% em ganhos.

Além da produção de grãos do Matopiba, a SUA Granéis também foca em cargas como coque de petróleo, açúcar, barrilha e fertilizantes, além de carga geral e neogranéis.

O consórcio, liderado pela empresa pernambucana Agemar, que tem como sócias a Marlog, da Paraíba, e a Loxus, do Paraná, planeja investir cerca de R$ 60 milhões em itens como aquisição de sistemas de recepção rodoviária, moderno equipamento de transportador de correias e na expansão de área de armazenagem.

“Queremos disponibilizar todos os recursos necessários para garantir elevada produtividade e para oferecer soluções que representem, de fato, um diferencial para o setor”, explica o diretor.

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