
Superávit comercial da Argentina em risco: janeiro atinge nível mais baixo com Javier Milei
fev, 20, 2025 Postado porGabriel MalheirosSemana202508
A Argentina registrou um superávit comercial de US$ 142 milhões em janeiro, o menor desde a posse de Javier Milei como presidente. A forte queda no saldo da balança comercial foi impulsionada principalmente pelo aumento das importações, que cresceram em um ritmo superior ao das exportações.
Segundo dados divulgados na terça-feira (18) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC), o país importou US$ 5,748 bilhões em janeiro, um aumento de 24,6% em relação ao mesmo mês de 2024. Embora a comparação anual parta de uma base baixa, o resultado também supera a média dos últimos anos em proporção semelhante.
O salto nas importações foi impulsionado pelo volume, já que os preços recuaram. Os maiores avanços foram registrados em bens de capital (+52,8%), bens de consumo (+47,5%) e componentes para bens de capital (+29,4%). Já os bens intermediários — maior categoria de importação do país — tiveram alta de 10,6%.
“Se os preços de janeiro de 2024 tivessem se mantido inalterados, a balança comercial teria registrado um déficit de US$ 249 milhões”, informou o INDEC, destacando uma melhora nos termos de troca do país.
O superávit comercial mais estreito ocorre em meio à forte valorização do peso argentino. Somada à eliminação de impostos de importação e barreiras regulatórias pelo governo, essa valorização incentivou as empresas a substituírem a produção local por produtos importados.
Exportações crescem, mas importações avançam mais rápido
No lado das exportações, a Argentina embarcou US$ 5,89 bilhões em mercadorias para o exterior em janeiro, registrando um crescimento de 9,1% na comparação anual. Os maiores avanços ocorreram nos embarques de combustíveis (+23,7%), manufaturados industriais (+16,4%) e manufaturados de origem agropecuária (+11,4%) — este último representando a maior parte das vendas externas do país.
O INDEC apontou melhorias significativas no comércio de soja e energia. O aumento nas exportações do complexo soja foi impulsionado pelo crescimento dos embarques de óleo de soja, enquanto as vendas de petróleo bruto também avançaram significativamente.
Por outro lado, a balança comercial do setor automotivo se deteriorou. A queda nas exportações de veículos comerciais, combinada com o aumento das importações de chassis, autopeças e pneus, foi a principal responsável pelo recuo no segmento.
Em 2024, as importações brasileiras de produtos argentinos foram puxadas por automóveis. O gráfico abaixo compara o comércio marítimo de contêineres entre Argentina e Brasil entre janeiro de 2021 e dezembro de 2024. Os dados vêm do DataLiner da Datamar.
Exportações e importações Argentina-Brasil | Jan 2021 – Dez 2024 | TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Fonte: Ámbito
-
Navegação
out, 28, 2024
0
Lucro do Canal do Panamá aumenta para $3,45 bilhões, apesar da seca
-
Outras Cargas
fev, 04, 2022
0
Russos compram fábrica de fertilizantes da Petrobras em MS
-
Portos e Terminais
dez, 07, 2022
0
Estudo apresenta riscos climáticos e medidas de adaptação para os portos de Aratu, Rio Grande e Santos
-
Economia
set, 26, 2023
0
Comércio global contrai em ritmo mais rápido desde a pandemia