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Tarifa do Brasil às importações norte-americanas é 4 vezes menor do que a prevista oficialmente
fev, 24, 2025 Postado porSylvia SchandertSemana202509
Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que a entrada de produtos norte-americanos no Brasil estava sujeita a uma tarifa de importação real de 2,7% em 2023. Esse resultado indica que o valor efetivamente pago nas importações vindas dos Estados Unidos foi quatro vezes menor do que a tarifa nominal de 11,2% que o Brasil assumiu como compromisso na Organização Mundial do Comércio (OMC).
A diferença entre a tarifa efetiva aplicada pelo Brasil às importações dos EUA e a tarifa nominal ocorre devido ao uso de regimes aduaneiros especiais, como drawback e ex-tarifário. O levantamento indica que produtos como motores e máquinas não elétricas, adubos e fertilizantes químicos, óleos combustíveis de petróleo e gás natural não têm a incidência de tarifas.
Veja abaixo quais foram os dez produtos mais importados dos EUA em contêineres registrados nos portos brasileiros nos doze meses de 2024. As informações são do DataLiner.
Principais Importações dos EUA | 2024 | TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
O documento foi produzido em um momento em que a indústria brasileira monitora, com atenção, as atualizações na política comercial dos Estados Unidos diante dos anúncios sobre tarifas e comércio recíproco feitos pela Casa Branca. Os EUA são o principal parceiro da indústria de transformação brasileira. Entre 2019 e 2024, as vendas do setor para o mercado norte-americano somaram US$ 159,5 bilhões. Além disso, os EUA ocupam o primeiro lugar no ranking de comércio de serviços e investimentos diretos no país.
O relacionamento bilateral também é positivo para os Estudos Unidos, que mantêm um superávit expressivo nas transações com o Brasil. Nos últimos cinco anos, os EUA acumularam um superávit de US$ 58,3 bilhões no comércio bilateral de bens e de serviços entre 2019 e 2024. O Brasil se destaca pelo saldo positivo para os EUA, ao contrário de países como China, Canadá, México e União Europeia, com os quais os norte-americanos enfrentam déficits.
“A CNI continuará trabalhando para manter a melhor relação comercial com os EUA, que são o principal destino dos produtos manufaturados do Brasil”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban. “Empenharemos esforços para dialogar com o governo brasileiro e o governo americano, conciliar os interesses dos setores produtivos e demonstrar que o relacionamento bilateral é altamente positivo para ambos os países”, acrescenta.
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