Terminais do Porto de Santos irão liberar pátios para destravar trânsito de caminhões nas estradas

A medida foi decidida em reunião, na tarde do dia 06, entre integrantes do Programa de Gestão Integrada (PGI) da Baixada Santista, após mais um dia de caos provocado pelo excesso de veículos pesados em estradas do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) na região.

O PGI é coordenado pela Artesp e reúne representantes da Polícia Militar Rodoviária (PMR), prefeituras, polos geradores de cargas, pátios, sindicatos e empresas. Em reuniões anteriores do grupo, já foram prometidas ações para mitigar novos congestionamentos, mas a situação de ontem mostra que não houve nenhum resultado efetivo.

O engarrafamento chegou a 12 quilômetros na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, em Guarujá. A Via Anchieta e a entrada de Cubatão também foram afetadas por conta da lentidão na Cônego. O alto número de caminhões que descem a Serra nesse período da safra de soja já amplamente conhecido pelas autoridades e provoca problemas há anos.

Culpa de quem?

Em nota, a Artesp informa que os representantes do PGI já estão implementando as devidas providências para mitigar o impacto do alto fluxo de veículos comerciais. A agência culpou a Santos Port Authority (SPA) pela situação do dia 06, dizendo que o congestionamento ocorreu “devido a incompatibilidades no sistema de agendamento da SPA”.

“Liberando maior quantidade de caminhões para os pátios reguladores do que os terminais poderiam absorver. Além disso, os terminais que recebem grãos vegetais não podem operar em dia chuvoso. Para reverter a situação, foram liberadas mais vagas nos pátios reguladores e, consequentemente, mais deslocamentos para os terminais portuários”.

A SPA rebate. Afirma que o sistema de agendamento de recepção de cargas rodoviárias no Porto de Santos não registrou anormalidade no número de caminhões entre terça e quarta-feira. “Está, inclusive, abaixo da capacidade homologada por terminal portuário”.

E a solução?

Cubatão foi fortemente impactada pelo trânsito nas suas vias urbanas. A Prefeitura exige solução e fez reunião na quarta com representantes do Polo Industrial, Ecovias, PMR, Ecopátio e Rodopark. “O grande problema está relacionado ao agendamento dos caminhões para descarregar nos terminais. Solicitamos que a Rodopark encontre uma solução para otimizar esse calendário e diminua a demanda”, disse Jeferson da Silva, superintendente da Companhia Municipal de Trânsito.

Fonte: A Tribuna

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