Terminal da VLI em Sergipe aumenta em 60% o volume de movimentações com novos contratos voltados ao agronegócio
ago, 28, 2023 Postado porSylvia SchandertSemana202336
Localizado em Barra dos Coqueiros, em Sergipe, o Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB), da VLI, aumentou em 60% o volume de cargas movimentadas a partir de novos contratos comerciais firmados em 2023, principalmente para segmento de fertilizantes. Com isso, o único terminal portuário do estado se consolida como alternativa ao agronegócio da região do Arco Norte. A flexibilidade do TMIB também proporciona movimentações de grãos, insumos da construção civil e mineração, além de operações offshore.
Somente no primeiro semestre de 2023 a VLI formalizou diversas parcerias com grandes players do setor agro, como Fertinor, empresa do Grupo Fertipar, um dos principais fornecedores para a produção rural em todas as regiões do Brasil; Agropecuária Maratá, para atendimento à nova fábrica da empresa inaugurada este ano; e Cibra Fertilizantes, com a qual a companhia realiza estudos conjuntos para desenvolver solução logística via TMIB, garantindo condições comerciais e operacionais mais competitivas.
“O TMIB se tornou opção estratégica para atender a demanda de fertilizantes, inserindo Sergipe e a região Nordeste em importantes rotas logísticas de escoamento. O mercado busca competitividade, performance operacional, taxas de descarga e menor tempo de espera na fila para atracação, que proporciona redução de custos com demurrage (indenização cobrada pelo atraso nas operações). Com isso, o terminal apresenta melhores condições que os demais portos concorrentes situados em outros estados”, explica o gerente Comercial da VLI para o TMIB, Márcio Marques.
Entre as características do terminal, está ainda a proximidade com os principais corredores logísticos da região e polos produtores. “Os clientes do agro também reconhecem a expertise da VLI no setor, em razão dos escoamentos de grãos e açúcar, além da movimentação de fertilizantes realizados em outros corredores operados pela companhia. Por meio do TMIB, temos potencial para contribuir com novas conexões entre o agro regional e o mercado global. Apenas para o segmento de fertilizantes, houve incremento de 25% da capacidade de armazenagem do terminal”, destaca Marques.
A companhia também estimulou um fluxo de veículos no corredor que dá acesso ao TMIB, em função do aumento das exportações de farelo de soja e grãos, possibilitando que os caminhões transportem produtos do interior para exportação no porto e retornem carregados com volume da importação dos fertilizantes, maior parte proveniente da Europa. Após o produto ser processado nas fábricas, é destinado para o interior de Sergipe, além da região Oeste da Bahia, considerado forte polo de agronegócio.
“Do ponto de vista estratégico, a parceria com o TMIB é muito importante para o desenvolvimento da Maratá em Sergipe. Através do porto, vamos abastecer a fábrica nova de fertilizantes inaugurada em junho, com capacidade para produzir 300 mil toneladas por ano e atender toda a região nordeste. Em setembro também vamos inaugurar um moinho de trigo com capacidade para 200 mil toneladas por ano. Nossa expectativa é aumentar ainda mais a movimentação de cargas pelo TMIB nos próximos meses, pois o terminal oferece a eficiência e agilidade na logística que precisamos para atender o mercado”, informa o diretor-executivo do Grupo Maratá, Frank Vieira.
Infraestrutura
O terminal recebeu BRL 40 milhões em investimentos nos últimos anos e tem píeres de atracação para granéis com 356 metros de comprimento e para operações offshore com 59 metros. O TMIB possui ainda 214 hectares de área disponível e infraestrutura de sete armazéns com capacidade de 55 mil toneladas, três pátios para 150 mil toneladas e três silos que atendem 60 mil toneladas.
Também foram adquiridos três novos grabs para proporcionar mais eficiência no carregamento e descarregamento de granéis sólidos dos navios, que proporcionaram aumento de 20% na produtividade de movimentação de cargas. A infraestrutura do TMIB gera 200 empregos e contribui para a VLI injetar aproximadamente BRL 30 milhões por ano na economia sergipana.
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