TOC Asia termina com abordagem holística de descarbonização para toda a cadeia produtiva
nov, 30, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202248
A TOC ASIA, evento produzido pela TOC Worldwide, retornou ao icônico Marina Bay Sands em Cingapura com um público recorde após dois anos de hiato. Realizado entre 29 e 30 de novembro, o evento reuniu membros da comunidade portuária e mercado de contêineres com a atuação na APAC (região Ásia-Pacífico).
Em discurso de abertura com o tema “Cingapura – um facilitador global para o comércio marítimo”, o CEO do Grupo PSA International – Tan Chong Meng, descreveu como a empresa passou de uma rede de portos para criar corredores em rede para oferecer soluções. Ele discutiu detalhadamente a interdependência de diferentes partes da cadeia de produtiva, como a redução das emissões de gases-estufa deverá aprofundar isto e o papel da PSA neste fenômeno.
“Passamos a reestruturar nossos negócios em duas classes distintas: uma de portos e outra de soluções de carga. Fazemos uso dos portos como um recurso físico fundamental, adicionamos instalações que chamamos de adjacências portuárias e as estamos construindo com clientes que são muito mais globais do que o portfólio de portos que temos e conectamos isto digitalmente.”
A sessão ‘Perspectivas do mercado: como a indústria está evoluindo para se tornar mais resiliente?’ centrou-se nas perspectivas para o setor de transporte de contêineres, com redução do congestionamento portuário e taxas spot caindo 77% em relação ao pico, de acordo com Jayendu Krishna, diretor da Drewry Maritime Advisors. Com a queda na demanda, a Drewry acredita que a previsão anterior de que os volumes globais de contêineres ultrapassariam 1 bilhão de teu em 2026 pode não ser mais válida.
Alan Murphy, CEO e fundador da Sea-Intelligence, esboçou dois cenários possíveis para as linhas de navegação – um declínio gerenciado com paralisações começando no curto prazo ou uma guerra de taxas. “O que eu pessoalmente acho muito mais provável é que entraremos em uma guerra de taxas,” disse ele, indicando 80% de chance de uma guerra de taxas.
A abertura do 2º foi marcada pela fala do Prof. Lynn Loo, CEO do Centro Global para a Descarbonização Marítima (GCMD), cujo título foi “Desafios e oportunidades para a descarbonização marítima.” O discurso focou no desenvolvimento de infraestrutura terrestre para combustíveis verdes para descarbonizar a navegação. “Não há corredores verdes sem infraestrutura verde. Os corredores verdes precisam ser ancorados por portos e infraestrutura, por isso é muito importante começarmos a pensar no lado terrestre do transporte marítimo.”
Estima-se que a descarbonização da navegação custará US$ 3 trilhões, dos quais cerca de 80% estão relacionados à produção, abastecimento e infraestrutura terrestre para combustíveis sustentáveis.
O moderador Paul Gallie, diretor de desenvolvimento de negócios da AP Moller Capital, observou que, no passado, os portos tinham que abrigar apenas instalações para óleo combustível pesado (HFO), no entanto, no futuro, eles precisarão de infraestrutura para atender a vários tipos de combustível, como amônia e metanol.
Na segunda sessão, ‘Transição Energética e Sustentabilidade: Destaque para as Linhas de Navegação e Proprietários de Carga’, Shane Balani, Consultor de Descarbonização da Lloyd’s Register e Dr. Shahrin Osman, especialista no mercado marítimo da APAC, disseram que um dos principais desafios no que tange a descarbonização do transporte marítimo é a incerteza sobre quais tipos de combustíveis serão usados no futuro.
Balani observou: “Há um grande risco em qualquer transição em qualquer setor”, e que os corredores verdes ajudariam a reduzir o risco dessa transição.
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