Portos e Terminais

Trabalhadores do maior porto de cargas britânico fazem greve de 8 dias por conta da inflação recorde no país

ago, 22, 2022 Postado porSylvia Schandert

Semana202234

Começou no último domingo (21), no Reino Unido, uma greve que vai durar oito dias em Felixstowe, o maior porto de cargas do país. É o episódio mais recente de uma onda de paralisações em vários setores da economia britânica para exigir salários mais altos, diante da inflação recorde de 10%.

Esta é a primeira paralisação desde 1989 neste porto do leste da Inglaterra, que movimenta cerca de 4 milhões de contêineres por ano. De acordo com o sindicato que convocou a greve em Felixstowe, a paralisação terá um forte impacto no porto, por onde transitam cerca de 2 mil cargueiros anualmente.

Cerca de 1.900 membros do sindicato Unite, entre operadores de guindastes e máquinas, além de estivadores, deixaram o trabalho para exigir uma reposição salarial.

A empresa, por sua vez, diz ter proposto um aumento salarial que lhe parece “justo”, de 8% em média, e cerca de 10% para os salários mais baixos. A autoridade portuária disse que “lamenta o impacto desta ação nas cadeias de distribuição britânicas” e que está trabalhando com seus clientes “para limitar a interrupção”.

O operador do porto especificou que um plano de emergência seria implementado no local e que se esforçaria para minimizar as consequências do movimento grevista, que vai durar até 29 de agosto.

Segundo analistas, a greve de Felixstowe e as paralisações registradas esta semana nos transportes públicos, no metrô de Londres ou nos correios constituem um movimento social que pode ultrapassar o verão e se estender à educação e à saúde, atividades cujos sindicatos classificam as ofertas de reposição salarial como “miseráveis”.

Inflação britânica

A inflação atingiu 10,1% em julho em relação ao mesmo período do ano passado, e pode ultrapassar 13% em outubro, o nível mais alto para um país do G7.

O Banco da Inglaterra (BoE) está recebendo críticas do governo, de economistas e de ex-líderes da instituição, que o acusam de ter permitido essa situação.

A pressão inflacionária tem provocado uma série de movimentos grevistas. Os protestos, que envolvem dezenas de milhares de trabalhadores, começaram em junho e representam os maiores dos últimos 30 anos.

Os preços dispararam no Reino Unido principalmente devido ao aumento do gás, produto do qual o país é altamente dependente e que ficou mais caro devido à guerra na Ucrânia.

Fonte: G1

Para ler o texto original completo acesse: https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/08/21/trabalhadores-do-maior-porto-de-cargas-britanico-fazem-greve-de-8-dias-por-conta-da-inflacao-recorde-no-pais.ghtml

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