Grãos

Transporte de grãos por barcaças cresce na Amazônia à medida que a seca diminui

nov, 28, 2024 Postado porSylvia Schandert

Semana202445

O transporte de soja e milho por barcaças ao longo do Rio Tapajós, na Amazônia brasileira, que havia sido suspenso no início de outubro devido ao clima seco, foi retomado esta semana com 50% da capacidade, informaram operadores na quarta-feira, 27 de novembro.

O transporte foi reiniciado nesta via fluvial, que recebe cargas de grãos do maior estado agrícola do Brasil, Mato Grosso, e de áreas próximas, à medida que as chuvas elevaram os níveis dos rios, disse a Amport, uma associação que representa terminais portuários e operadores de transbordo de cargas da bacia amazônica.

O transporte por barcaças no Rio Madeira, outro importante curso fluvial da Amazônia, voltou à normalidade nesta semana, segundo a Amport. O transporte de grãos no Madeira havia sido interrompido em setembro, até antes do que no Rio Tapajós, devido à grave seca na maior floresta tropical do mundo.

“O Rio Madeira registrou uma recuperação significativa nos níveis da água nos últimos 15 dias, o que permitiu que a navegação fosse retomada com capacidade total”, afirmou a Amport, cujos membros incluem Cargill, Hidrovias do Brasil, Louis Dreyfus e Unitapajos, uma joint venture entre Amaggi e Bunge (BG.N).

Cargill, Amaggi, Hidrovias do Brasil e Bunge não comentaram. Louis Dreyfus não teve um comentário imediato.

Aqui está um gráfico que mostra quais ports se destacaram em termos de exportações de soja de janeiro a setembro de 2024, de acordo com dados obtidos do DataLiner – um produto de inteligência da Datamar.

Principais Portos Exportadores de Soja | Brasil | 2024 | WTMT

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Portos do norte, incluindo Barcarena, Itaqui, Santarém e Itacoatiara, representaram quase 34% das exportações de soja do Brasil em 2023 e 42,5% das exportações totais de milho do Brasil no ano passado, de acordo com dados compilados pela agência agrícola brasileira Conab.

Quando a seca chegou, o Brasil já havia exportado a maior parte da soja da safra 2024. Uma safra menor de milho significou menor pressão logística para o sistema de barcaças da Amazônia, disse a Amport.

Com isso, os traders redirecionaram mais carga para os portos do sul e sudeste do Brasil, disse a associação de exportadores de grãos Anec, acrescentando que essa diversificação aumentou os custos.

O acesso a Itaqui não depende de rios que foram afetados pela seca, enquanto Santarém e Itacoatiara tendem a ser mais afetados, disse a Amport.

Reportagem de Roberto Samora, redação de Ana Mano; edição de Rod Nickel

Fonte: Reuters

Clique aqui para ler o texto original: https://www.reuters.com/markets/commodities/brazil-grain-barge-shipping-returns-amazonian-drought-subsides-2024-11-27/

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