Tripulação do navio que bateu na Ponte de Baltimore é autorizada a voltar para casa

Após meses presos em um navio no centro de uma tempestade midiática, a estressada tripulação do navio porta-contêineres Dali finalmente foi autorizada a voltar para casa, na Ásia.

Investigadores nos EUA proibiram os trabalhadores do navio de desembarcarem desde o dia 26 de março, quando o navio se envolveu no acidente marítimo de maior destaque deste ano, derrubando a maior ponte de Baltimore e matando seis pessoas.

Um acordo firmado no último dia 20 em um tribunal em Baltimore, permitiu que a tripulação que trabalha para a Synergy Marine possa retornar para casa, na Índia e no Sri Lanka, mas deve estar disponível para depoimentos.

Espera-se que o Dali seja movido de Baltimore para Norfolk, Virgínia, em breve, onde passará por extensos reparos, enquanto os processos legais relacionados ao acidente devem levar muitos anos para serem resolvidos.

A Grace Ocean, proprietária do Dali, e a gerenciadora de navios Synergy Marine entraram com uma petição no tribunal de limitação de responsabilidade em 1º de abril, buscando limitar sua responsabilidade a apenas US$ 43,6 milhões, em um caso que, no geral, deve resultar em indenizações na casa dos bilhões de dólares.

O Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB), que divulgou um relatório preliminar no mês passado, está investigando o que causou a perda de energia do Dali, que então colidiu e derrubou a ponte. O FBI abriu uma investigação criminal.

A embarcação, fretada pela Maersk, sofreu apagões elétricos cerca de 10 horas antes de deixar o Porto de Baltimore e novamente pouco antes de colidir com a Ponte Francis Key, segundo o relatório preliminar do NTSB.

A primeira queda de energia ocorreu depois que um membro da tripulação fechou acidentalmente um amortecedor de escape durante a manutenção, fazendo com que um dos motores a diesel do navio parasse, disseram os investigadores. Logo após deixar Baltimore, o navio colidiu com uma das colunas de sustentação da ponte porque outro apagão, claramente capturado em vídeo, fez com que perdesse a direção e a propulsão.

O conselho disse que o apagão fatal ocorreu cerca de quatro minutos antes da colisão, quando disjuntores elétricos desligaram inesperadamente, causando perda de energia para toda a iluminação do navio e a maioria dos equipamentos quando estava a 1 km da ponte.

A tripulação do Dali restaurou a energia, mas outro apagão ocorreu cerca de 320 m da ponte, o que parou todas as três bombas de direção. A tripulação não conseguiu mover o leme para dirigir.

Estão sendo elaborados planos para construir uma ponte substituta até 2028, enquanto seguradoras alertaram que o acidente do Dali pode ser uma das maiores reivindicações marítimas da história.

Fonte: Splash 247

Clique aqui para ler o texto original: https://splash247.com/dali-crew-allowed-to-fly-back-home/

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