Uruguai e Brasil vão desenvolver navegação por lagoa binacional
out, 13, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202043
Brasil e Uruguai planejam fechar um acordo para desenvolver a navegação pela lagoa Mirim, compartilhada por ambos os países.De acordo com o subsecretário de Transportes e Obras Públicas do Uruguai, Juan José Olaizola, a hidrovia binacional permitirá aos produtores agrícolas uruguaios melhorar seus custos de exportação.
Os governos do Uruguai e do Brasil, que têm jurisdição sobre ele, estão em contato para finalizar o projeto, que envolve a instalação de um terminal próximo à foz do rio Tacuarí.
“Iniciamos contatos com o Governo brasileiro e eles se manifestaram favoravelmente ao desenvolvimento da hidrovia da lagoa Mirim”, afirmou Olaizola. Segundo ele, o projeto reúne a necessidade do produtor agrícola uruguaio de escoar sua carga em melhores condições econômicas, e do brasileiro de poder receber essa mercadoria.
O projeto “faz parte de uma política geral do Uruguai e do Ministério dos Transportes, de promover diferentes hidrovias que permitam otimizar os custos logísticos da produção uruguaia nas diferentes regiões do país”, disse subsecretário de Transportes, referindo-se ao Rios Paraguai, Paraná e Uruguai, além da lagoa Merín.
O assunto foi analisado em recente videoconferência na qual Olaizola participou junto com o ministro dos Transportes e Obras Públicas do Uruguai, Luis Alberto Heber, e o ministro de Infraestrutura do Brasil, Tarcísio Gomes de Freitas.
“Os dois países concordam com a importância de promover essa hidrovia”, observou Olaizola, acrescentando que a representação diplomática do Uruguai em Brasília está trabalhando muito ativamente para concretizar a iniciativa.
Segundo a Presidência da República do Uruguai, produtores agrícolas do leste e nordeste do país levantaram a necessidade de construir um terminal portuário na foz da lagoa Merín para o escoamento de cargas de arroz. Dali, as cargas seriam embarcadas em direção ao Porto de Rio Grande, no Brasil, em um circuito que incluiria também a navegação pelas lagoas Merín e Los Patos. Essa possibilidade melhoraria os custos associados à exportação deste e de outros cereais
Além da construção do porto, o projeto envolvea dragagem de uma área de oito quilômetros na jurisdição brasileira da lagoa Merín para facilitar a navegação das barcaças com destino ao exterior.
Fonte: Portal Portuário
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