Minérios

Vale iniciará testes para implantação da operação autônoma em caminhões fora de estrada em Carajás

out, 24, 2019 Postado porSylvia Schandert

Semana201944

A Vale iniciará, em novembro, a fase de testes para a implantação de dois caminhões fora de estrada autônomos na mina de Carajás. A inovação vem aliada a ações de desenvolvimento e capacitação dos profissionais da mina para acompanhar a tendência mundial da Quarta Revolução Industrial, também chamada de indústria 4.0.

Na operação autônoma, os caminhões são controlados por sistemas de computador, GPS, radares e inteligência artificial e monitorados por operadores em salas de comando a quilômetros de distância das operações, o que traz ainda mais segurança para a atividade.

Ao detectar riscos, os equipamentos paralisam suas operações até que o caminho seja liberado. Os sensores do sistema de segurança são capazes de detectar tanto objetos de maior porte como grandes rochas e outros caminhões, bem como seres humanos que estejam nas imediações da via.

De acordo com o diretor o Corredor Norte da Vale, Antonio Padovezi, além do fator segurança, o uso de equipamentos autônomos em Carajás, maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, garantirá maior sustentabilidade para a mineração brasileira. “É mais um avanço que traz ganhos sociais, ambientais e econômicos, reduz a exposição dos empregados a riscos, aumenta a competitividade, reduz a emissão de gases poluentes e ainda impulsiona uma capacitação e evolução das competências profissionais, acompanhando uma tendência natural e vivenciada hoje no mercado em todo o mundo”, afirma.

A entrada em operação definitiva para produção deverá ocorrer no final do primeiro semestre de 2020. Todos os profissionais que irão interagir com os equipamentos autônomos serão treinados. A mina de Carajás funcionará parte de forma autônoma, mas também continuará com a operação convencional. Os resultados serão avaliados para a expansão da frota.

Estima-se que até 2024 estejam operando 37 caminhões autônomos em Carajás, o que representa cerca de 40% da frota atual.

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