Veja como a seca na Índia, 2º maior produtor de trigo, pode impactar o Brasil e o mercado mundial
maio, 16, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202220
Na Índia, a onda de calor intenso levou os termômetros a registrarem 50°C. Com pássaros caindo do céu e relatos de moradores não conseguindo respirar por causa da fumaça de incêndios naturais, fenômeno apontado como o mais quente nos últimos 100 anos. Ocorrendo desde março, a seca na índia têm prejudicado as produções de trigo do país.
Para diminuir os impactos dos preços locais do produto, o governo indiano anunciou, no último dia 14, o bloqueio das exportações de trigo.
Segundo o comunicado, serão permitidas apenas as exportações lastreadas em cartas de crédito já emitidas e também para países que solicitem suprimentos “para atender às suas necessidades de segurança alimentar”.
O governo alerta que a medida não é definitiva e pode ser revisada, disseram funcionários do governo em entrevista coletiva.
Efeitos da seca na produção de trigo
A escassez da matéria-prima no mercado internacional, pode pressionar os países produtores de grãos a aumentar os preços da fabricação externa. O que significa que os cidadãos terãi que pagar mais caro na hora da compra.
Para além dos alimentos feitos à base de trigo, como pães, massa e farinha a falta do grão pode trazer efeitos para o consumidor na compra da carne.
O encarecimento do trigo, impacta indiretamente na criação de animais que se alimentam com rações à base de trigo, como é o caso boi.
Efeitos positivos para o Brasil
A cadeia de desabastecimento global de grãos ainda sofre com a crise geopolítica causada pelo conflito na Ucrânia.
Segundo autoridades mundiais de agricultura, com o bloqueio das exportações indianas, a tendência é provocar um desabastecimento global — o que, para o Brasil, pode ser favorável, já que é um grande exportador de trigo.
Neste ano, a exportações do agronegócio brasileiro ultrapassaram US$ 10 bilhões em fevereiro e bateram recorde para o mês. As exportações do cereal superaram as importações: US$ 246,3 exportados (836,6 mil toneladas), contra US$ 141,58 milhões importados (498,8 mil toneladas).
Em janeiro e fevereiro de 2022, as exportações recordes de trigo, em valor e em volumes (1,48 milhão de toneladas; + 184,2%), apresentaram como principais destinos: Arábia Saudita (US$ 85,63 milhões; 19,6% de participação); Marrocos (US$ 68,16 milhões; 15,6%); e Indonésia (US$ 65,70 milhões; 15%). O Paraná responde por quase metade da produção de trigo brasileira e 30% do volume de moagem.
Com o passar dos anos, a plantação brasileira começou a ser aperfeiçoada melhorando a qualidade das variedades de diferentes cultivos do trigo, também chamada de “cultivares ” .
“As nossas cultivares no Brasil melhoraram muito em termos de qualidade nos últimos anos então a gente espera um ganho de produtividade e um aumento da área plantada. Então estamos otimistas que a safra seja excelente”, analisa Paloma Venturelli, vice-presidente do Sinditrigo-PR.
Fonte: G1
Para ler a matéria original completa, acesse: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/05/15/veja-como-a-seca-na-india-pode-impactar-o-mercado-mundial.ghtml
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