Venda diaria de aço bate recorde depois da restrição de importações
jul, 29, 2024 Postado porSylvia SchandertSemana202431
As vendas diárias de aços planos por distribuidores no Brasil atingiram um recorde em junho, registrando o melhor desempenho em um mês desde pelo menos 2015. Esse resultado positivo levou o setor a prever um crescimento de 3% em 2024. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), os distribuidores venderam 16,9 mil toneladas de aço plano por dia em junho, um aumento de 19% em relação ao ano anterior. Em 2015, o volume de vendas foi de 12,3 mil toneladas.
O presidente do Inda, Carlos Loureiro, destacou que junho foi um mês de recuperação tanto para as usinas siderúrgicas quanto para os distribuidores. Esse cenário se deve ao aumento de preços e à expectativa de outros reajustes. Além disso, a nova tributação, que inclui um imposto de importação de 25% sobre produtos que ultrapassam cotas estabelecidas pelo governo, incentivou as usinas a anunciarem aumentos de preços para agosto. As empresas Gerdau e CSN elevaram os preços de produtos planos em 7% a 8%. Ainda não há informações sobre se as rivais ArcelorMittal e Usiminas seguirão o mesmo caminho.
Com os reajustes, o “prêmio” do aço produzido no Brasil em relação ao importado está em 12% a 13% para bobinas a quente. No entanto, com o imposto de importação incluído, esse prêmio cai para zero, o que pode abrir espaço para novos reajustes pelas usinas. Analistas do Bradesco BBI preveem que as importações continuarão em tendência decrescente daqui para frente. “Especialmente porque a quota (de importação) para o período atual – junho a setembro – foi quase totalmente concluída para a maioria dos produtos”, disseram os analistas.
Segundo os números do Inda, em chapas zincadas e galvalume as cotas de importação entre junho e setembro foram preenchidas entre 80% e 100% até o início da semana que passou. Isso ocorre também com alguns tipos de bobinas a quente e frias.
Importações
Em junho, as importações de aços planos pelo Brasil caíram 13,3% ante maio, mas ainda mostraram crescimento de cerca de 5% sobre junho do ano passado, a 211,17 mil toneladas, afirmou o Inda. No acumulado do primeiro semestre, houve expansão de 22% nas importações, a 1,28 milhão de toneladas.
“Mas o pico de variação percentual (do acumulado) já começou a cair”, disse Loureiro, citando a expansão de 26% de janeiro a maio. Nesse volume, há importações feitas pelas próprias usinas siderúrgicas nacionais, como a CSN, que segundo Loureiro importou cerca de 300 mil toneladas de aço no primeiro semestre.
O presidente do Inda afirmou que a venda de aço plano pelos distribuidores em julho “vai ser bem acima de julho do ano passado” e com isso a “perspectiva de crescimento de 3% (em 2024) nos parece muito factível”.
Segundo a entidade, a previsão para as vendas de julho é de 333,6 mil toneladas, 7,5% acima do registrado um ano antes, mas 1,5% abaixo das 338,7 mil de junho.
O setor, responsável por cerca de um terço do consumo de aço produzido pelas usinas brasileiras, terminou o semestre passado com estoques de 929,5 mil toneladas, uma expansão de 9,4% sobre o volume de um ano antes e equivalente a 2,7 meses de vendas. A maior expansão nos estoques ocorreu em materiais zincados, cujo volume subiu 30,2%, a 133,1 mil toneladas.
Fonte: Diário do Aço
Clique aqui para ler o texto original: https://diariodoaco.com.br/noticia/0117476-venda-diaria-de-aco-bate-recorde-depois-da-restricao-de-importacoes
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