VLI planeja crescer no Arco Norte com investimentos de R$ 15 bilhões
out, 22, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202140
O novo ciclo de crescimento da VLI Multimodal, concessionária de ferrovias e terminais portuários, vai priorizar o chamado Arco Norte, entrando em novos mercados de cargas, como Mato Grosso e expandindo no Maranhão, disse ao Valor o presidente da companhia, Ernesto Pousada. Para isso, informou o executivo, esse plano prevê investimentos de R$ 15 bilhões ao longo desta década em novos trechos ferroviários que requereu junto a Estados dentro de novas regas regulatórias para o setor de ferrovias.
Três trechos, que somam mais de 1 mil km se destacam entre os quatro pedidos de autorizações que a VLI protocolou e que começam a passar pelo crivo técnico da ANTT (agência reguladora) e do Ministério de Infraestrutura. O maior deles é o de Água Boa a Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, com 508 km. O outro liga Chaveslândia (MG), na divisa com Goiás, a Uberlândia, com 276 km.
Esses dois pedidos geraram uma controvérsia com a Rumo, do grupo Cosan, que contesta, no Minfra, o conceito do projeto de lei que dá prioridade a quem pede a autorização primeiro. “Não vou entrar no mérito da discussão de quem está certo, fica para os legisladores”, disse Pousada.
O executivo afirma que a VLI vem analisando novos investimentos voltados ao Arco Norte e entrada no mercado de Goiás desde 2018. “Há mais de 12 meses estamos debruçados sobre uma série de análises para os projetos dessas autorizações”.
Os dois outros trechos são: um que vai de Balsas a Porto Franco, no Maranhão (230 km), e um pequeno, de 9 km, na Baixada Santista, ligando a região do Perequê até seu terminal portuário Tiplam, em Cubatão, não precisando mais usar trecho da MRS.
“Essas autorizações, que são a base de nossa estratégia para um novo ciclo de expansão, permitem à VLI entrar em dois novos Estados – Goiás e Mato Grosso – e passar a oferecer novas opções de transporte e logística aos clientes (produtores de grãos e outras cargas) dessas regiões”, afirma Pousada. “O Brasil precisa ganhar produtividade na logística e o novo ciclo é de maior eficiência, enquanto o que acabou se destacou nos gargalos e na maior oferta de capacidade de transporte”.
Fonte: Valor Econômico
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