Operação padrão atrasa pagamentos na exportação de soja em Santos, diz Anec
mar, 23, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202212
A operação padrão de fiscais da Receita Federal está tendo impacto no trabalho dos fiscais agropecuários no porto de Santos, o principal para a exportação de soja, farelo de soja e milho do Brasil, e atrasando a emissão de certificados fitossanitários, documento necessário para que exportadores possam receber pagamentos, afirmou à Reuters um dirigente da associação Anec.
A situação ocorre em momento de pico de escoamento da safra de soja do Brasil, maior exportador global. O porto de Santos (SP), onde está concentrado o problema, responde por ao menos 30% da exportação nacional da oleaginosa e cerca de metade do farelo de soja e do milho embarcados pelo país.
A demora para a emissão do certificado não está atrasando a exportação de soja e outros produtos propriamente dita, afirmou o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, mas tem um impacto no caixa das empresas que exportam os produtos, em geral grandes multinacionais que atuam no setor.
“Um navio com soja carregando 65 mil toneladas, essa carga está valendo hoje 42 milhões de dólares. Um dia de atraso, é esse o valor que deixa de ser recebido. Se não tiver o certificado fitossanitário, não recebe a receita proveniente da exportação”, disse Mendes.
“São mais de 40 milhões de dólares por navio… Isso por navio, se uma empresa tem mais de um navio, tem mais a receber (em atraso)… imagina o impacto no caixa da empresa”, acrescentou ele.
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