Demanda por navios porta-contêineres cresce a contramão da economia

A carteira de pedidos de novos porta-contêineres está crescendo globalmente apesar do enfraquecimento do comércio devido a fatores geopolíticos adversos e às crescentes pressões inflacionárias nas maiores economias internacionais.

Cerca de 1.000 embarcações já foram encomendadas e deverão ser construídas em vários estaleiros diferentes. Além disso, algumas das principais transportadoras sinalizaram interesse em assinar novos contratos de construção, de acordo com o analista de mercado Alphaliner.

A Evergreen Marine está procurando adquirir novos navios porta-contêineres com capacidade entre 15.000 e 17.000 TEUs.

A Yang Ming Marine, outra transportadora taiwanesa, também está negociando navios de 15.000 TEU e pode receber até 10 novos navios.

A gigante francesa CMA CGM está considerando dobrar a encomenda de seis navios movidos a metanol de 15.000 TEU que assinou com a Dalian Shipbuilding Industry Co. no início deste ano.

Os dados disponíveis sugerem que os operadores comerciais de contêineres e GNL fizeram a maior parte dos pedidos por novos navios nos últimos anos, superando os proprietários de grandes navios-tanque.

Ao mesmo tempo, depois de embolsar lucros inesperados nos últimos trimestres, as transportadoras de contêineres estão entrando em uma trajetória descendente, com as taxas de frete já caindo para níveis próximos à pré-pandemia.

“Por muitos anos, o comércio de contêineres foi o segmento de comércio marítimo de mais rápido crescimento, mas, em 2022, este setor deve crescer apenas 1,2%, e mesmo isso pode ser uma projeção otimista”, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) em um relatório recente.

A ONU acrescentou: “Espera-se que o comércio marítimo desacelere devido às pressões macroeconômicas e efeitos inflacionários que restringem os gastos dos consumidores, além dos efeitos econômicos induzidos pelos lockdowns na China”.

A Container Shipping Lines’ Association (CSLA), que representa navios estrangeiros na Índia, também apontou os desafios futuros para os operadores de contêineres. “Embora as transportadoras tenham feito pedidos de novas construções, não podemos esquecer que também há uma quantidade significativa de tonelagem antiga na frota atual que precisa ser desativada/descartada”, apontou a associação.

“Além disso, a reorganização dos serviços/redistribuição da tonelagem é um processo contínuo, que acontece o tempo todo”, observou o CSLA.

Fonte: Container-news

Para ler a matéria original, acesse: https://container-news.com/container-carriers-on-newbuild-ordering-spree-amid-growing-demand-pressures/

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