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Escalas de navios contêineres nos portos brasileiros caem 16,05% em abril no comparativo anual

maio, 20, 2022 Postado porSylvia Schandert

Semana202220

As escalas de navios contêineres nos portos brasileiros caíram 16,05% em abril de 2022 em comparação com o mesmo mês de 2021, de acordo com estatísticas levantadas pela equipe de Business Intelligence da Datamar. Foram 528 escalas no quarto mês do ano, contra 629 em abril de 2021. Já o Porto de Santos apresentou uma queda levemente menor, de 9,81%.

No acumulado dos quatro primeiros meses dos anos, foram registradas 2.246 escalas de navios contêineres, contra 2.491 escalas no período de janeiro a abril de 2021, queda de 9,8%.

Confira abaixo um histórico das escalas de navios contêineres nos portos brasileiros a partir de janeiro de 2021. Os dados são da Datamar:

Escalas de navios contêineres nos portos brasileiros por mês | Jan 2021 a Abril 2022

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Abaixo é possível comparar as escalas do mês de abril de 2021 e 2022 por porto:

Escalas de navios contêineres no Brasil por porto | Abril de 2022 comparado com abril de 2021

Containership calls in Brazil by port | April 2022 compared April 2021

wdt_ID Brasil 202204 202104 Diff %
1 Santos 147 163 -9.82%
2 Paranagua 56 63 -11.11%
3 Itapoa 45 43 4.65%
4 Rio De Janeiro 41 46 -10.87%
5 Suape 33 40 -17.50%
6 Salvador 28 42 -33.33%
7 Navegantes 46 45 2.22%
8 Rio Grande 26 36 -27.78%
9 Itajai 18 34 -47.06%
10 Pecem 26 27 -3.70%
Brasil 202204 202104 Diff %

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

De acordo com a diretora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Flávia Takafashi, a queda nas escalas é reflexo do atraso nas rotas de navios que embarcam produtos nos portos brasileiros, causada por problemas enfrentados pelo tráfego internacional de carga marítima. “É um problema (atraso nas notas de navios) que começou com a falta de contêiner, mas hoje essa falta acaba não sendo um fator tão relevante para o mercado brasileiro”, ressalta a diretora, explicando que o Brasil também registrou falta de caixas metálicas, mas com menos intensidade.

Com as omissões, as cargas que deveriam ser embarcadas não são transportadas para os navios. “Ela fica para próxima vez que o navio chegar, mas na próxima vez que o navio vier, ele também sofrerá uma omissão de escala, já que o problema tem sido muito recorrente”, afirma.

O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, explicou que as omissões de escalas vêm ocorrendo desde o ano passado. Segundo ele, o TCP (Terminal Portuário de Paranaguá),  principal terminal de contêineres do Paraná, teve 131 omissões de navios no ano de 2021, quase uma a cada três dias. O número é quase 10 vezes superior à média de omissões entre 2017 e 2019, e quatro vezes maior que as do ano anterior.

Para tentar evitar maiores transtornos, a ANTAQ criou, desde outubro do ano passado, um grupo de trabalho para avaliar as questões relativas à movimentação de contêineres nos portos brasileiros. A ideia é cobrar uma maior previsibilidade operacional dos armadores. Outra providência foi mudar os sistemas da agência para que as omissões a partir de janeiro de 2022 sejam comunicadas dentro do sistema da agência, para que se possa ter um maior controle.

Com informações de A Tribuna e Agência Infra

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