Anfavea prevê recuo de 40% nas vendas de autoveículos novos em 2020
jun, 05, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202024
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea, prevê uma queda de 40% para a venda do conjunto dos autoveículos novos, composto por automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em 2020.
Segundo com o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, o total de licenciamentos será de 1,675 milhão de veículos. No ano passado, foram licenciados 2,788 milhões de autoveículos. “A queda impressiona, e é ainda mais grave na comparação com o resultado de 3,050 milhões que havíamos projetado no início do ano, configurando um tombo de 45%”, ressaltou.
De acordo com a Anfavea, a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus é a principal razão da queda das vendas. A entidade acredita, porém, que a venda de caminhões deve cair menos, principalmente por conta que alguns setores, como o agronegócio, que está demandando maior nível de transporte.
Para Moraes, ainda não é possível projetar com maior precisão a queda na produção, pois ela também depende do cenário das exportações, que continua nebuloso. O mesmo vale para o setor de máquinas agrícolas, até agora o menos impactado pela crise.
Resultado de maio é melhor que o de abril
Os resultados de maio foram melhores que os de abril, mês em que houve uma paralisação quase completa das fábricas e das concessionárias por todo o país. Mas na comparação com o mês de maio de 2019, houve queda de 84,4% na produção de autoveículos (43,1 mil unidades produzidas), de 63,9% na de caminhões (4,1 mil unidades) e de 29,5% na de máquinas agrícolas e rodoviárias (3,6 mil unidades).
As exportações de autoveículos caíram 90,8%, e de máquinas agrícolas 39,4%. O único dado positivo de maio foi o crescimento de vendas de 23,3% dos veículos agrícolas, na comparação com o mesmo mês de 2019.
Nesse quesito, autoveículos caíram 74,7%, e os caminhões recuaram 47,2%. No acumulado do ano, as vendas de autoveículos se aproximam de queda de 40%, enquanto produção e exportações já encolheram quase 50%.
As máquinas acumulam queda da ordem de 30% na produção e nas exportações, mas mantêm estabilidade nas vendas ao mercado interno. “Embora junho sinalize algum retorno mais efetivo às atividades, teremos sem dúvida o pior trimestre da história do setor automotivo. Resta esperar por uma reação no segundo semestre capaz de evitar maiores danos à cadeia automotiva”, conclui o Presidente da Anfavea.
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