Após expurgo, carga de arroz com insetos vivos começa a ser descarregada no Porto de Imbituba

No último dia 28 de novembro, a carga de arroz que chegou ao Porto de Imbituba (SC) com insetos vivos em meados de novembro começou a ser descarregada, após passar por expurgo. Na época da chegada do navio, segundo a assessoria de imprensa do porto, inspeção do Ministério da Agricultura identificou os insetos, vivos,  o que impediu o início da operação portuária.

Segundo dois representantes comerciais que trabalham no porto,  o arroz continua com mau cheiro, mesmo após o expurgo, e está muito quebrado e misturado a variedades de arroz vermelho. “Não sei a quem vão vender esse arroz. Talvez quem comprou devolva a carga ou a misture muito com outras variedades”, afirmou um deles.

A carga de arroz de 19,6 mil toneladas saiu de Georgetown, na Guiana, e atracou no Porto de  Imbituba no dia 15 de novembro. O nome da trading que fez a compra não foi divulgado, mas, do total, 16 mil toneladas são destinadas à Urbano Alimentos.Cooperativas paranaenses adquriram o volume restante.

Procurada na ocasião da chegada do navio, a Urbano informou que fez a compra porque o arroz da Guiana é similar ao brasileiro. Renato Franzner, diretor comercial da empresa, afirmou que o produto estava sendo “devidamente tratado”. Antes de chegar ao consumidor, o produto ainda será beneficiado.

Vale lembrar que, no dia 09 de setembro, o Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado até 31 de dezembro deste ano  em uma tentativa de conter a alta no preço do produto. Como resultado, de janeiro a outubro, o Brasil importou 675 mil toneladas de arroz em casca, 6,8% mais que nos dez primeiros meses de 2019. As exportações somaram 1,7 milhão de toneladas no período, alta de 57,4%

Confira nos gráficos a seguir o volume das importações e exportações de arroz mês a mês a partir de 2017 e as origens do arroz importado pelo Brasil em 2020:

Fonte da reportagem: Valor Econômico

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