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Exportações de móveis cresceram 5,1% em volume mas caíram de 2,5% em receita em 2020

fev, 18, 2021 Postado porSylvia Schandert

Semana202107

As exportações brasileiras de móveis e colchões fecharam o ano de 2020 com um crescimento de 5,1% em volume exportado em relação ao resultado do acumulado de 2019. Por outro lado, em termos de valores exportados — US$ 628,2 milhões —, houve um recuo de 2,5%, também comparado com o ano anterior. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário – Abimóvel.

Desse total, destacam-se as exportações de móveis para os Estados Unidos, com participação bastante significativa de 39,9% dos valores exportados, um aumento de 11,5% em relação a 2019. A exemplo do que aconteceu no Brasil, o varejo de móveis americano experimentou um aquecimento substancial no segundo semestre de 2020, situação que deverá se manter durante o primeiro trimestre deste ano, continuando estável até pelo menos 2024, segundo análise de especialistas locais. Tais projeções indicam boas oportunidades de negócios com o país também neste e nos próximos anos.

Em segundo lugar no ranking aparece o Reino Unido, com 8,6% de participação no acumulado de janeiro a dezembro de 2020. Apesar da boa colocação, neste caso houve queda de 16,8% em termos de valores exportados frente ao registrado em 2019. Vale ressaltar que o varejo britânico enfrenta graves sanções devido a uma segunda onda ainda mais severa da pandemia por lá, que levou o governo local a impor medidas bastante restritivas de distanciamento social e fechamento de lojas físicas. Em contrapartida, o avanço na vacinação nos territórios britânicos apontam para uma recuperação econômica potencialmente mais rápida do que em outros mercados.

O Uruguai aparece em terceiro lugar, com 7,4% do total exportado, representando queda de 6,7%. Em seguida estão outros parceiros sul-americanos: Chile (6,6%), Peru (5,1%) e Paraguai (3,3%). As relações com os Países Baixos (Holanda) vêm demonstrando evolução nos últimos anos, aparecendo como o sétimo mercado no ranking de exportações de móveis brasileiros em 2020: 2,8% de participação entre janeiro e dezembro do ano passado, apontando leve crescimento (0,4%) em relação ao acumulado de 2019.

Países de origem das importações

Ainda no acumulado de janeiro a dezembro de 2020, o Brasil importou US $193,8 milhões em móveis e componentes para móveis, uma queda de 8,7% sobre o mesmo período do ano anterior. Em termos de participação, a China foi a origem de 77,9% das importações totais realizadas pelo Brasil no período, seguida pela Itália, com 5,3%, e os Estados Unidos com 2,8%.

Em termos de variação do valor importado, boa parte dos países apresentaram queda no montante enviado ao Brasil quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Espanha (1,8%), Coréia do Sul (0,5%) e Israel (0,6%) foram os únicos países que, na contramão, apresentaram crescimento no período. No lado negativo, a Alemanha registrou a maior queda como origem das importações brasileiras na indústria moveleira entre janeiro e dezembro do ano passado, indo de 1,3% no consolidado do ano de 2019 para 0,9% em 2020.

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