As exportações brasileiras de milho e soja sobem em janeiro

De acordo com dados do governo, os embarques de milho brasileiro atingiram 2,8 milhões de toneladas nas primeiras três semanas de janeiro, enquanto as exportações de soja chegaram à 1,34 milhão de toneladas no mesmo período. Dados da agência de navegação Williams mostram que os exportadores já registraram embarques de outras 740.500 toneladas de milho, programadas para serem transportadas até o final de janeiro. Assim, os embarques deste mês atingirão cerca de 3,55 milhões de toneladas.

Os dados da Williams também mostram que o país embarcará mais 1,21 milhão de toneladas de soja até 31 de janeiro. O total de embarques de 2,5 milhões de toneladas de soja será o maior movimento já registrado no primeiro mês do ano, segundo dados do governo.

As exportações de milho ultrapassarão as da soja em janeiro deste ano. O milho sofreu uma grave quebra de safra em 2018 e foi menos vendido nos mercados internacionais. Devido ao aumento da demanda de soja da China, a prioridade para o envio de milho também foi “adiada” no ano passado, de acordo com o Rabobank holandês.

Os dados do DataLiner abaixo mostram a correlação de embarques de milho e soja no Brasil nos últimos dez anos, com tendências dos principais destinos:

Projeção de exportação de grãos

A consultoria de grãos AgRural reduziu sua estimativa da safra de soja do Brasil para 116,9 milhões de toneladas, ante 121,4 milhões de toneladas em novembro, devido à piora das condições de seca na faixa sul da soja do país. O Rabobank prevê que a exportação de soja do Brasil atinja entre 70 e 71 milhões de toneladas este ano, em comparação com 84 milhões de toneladas em 2018. O órgão também estima que o Brasil embarque 30 milhões de toneladas de milho em 2019, contra 23 milhões registrados no ano passado.

Infraestrutura de remessa de grãos

O governo brasileiro está planejando reduzir a dependência do transporte rodoviário para a obtenção de grãos para os portos, construindo mais estradas e ferrovias e envolvendo as operadoras ferroviárias atuais no investimento em expansões à medida que suas concessões forem renovadas.

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