Farinheiras absorvem altas do trigo e o câmbio represando preços e importando menos
nov, 07, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202142
Do pão às massas em geral, há uma variação média no aumento dos preços, nos últimos meses, de 10% no Brasil. Poderia ser mais. Ou poderia ser muito mais, a depender do poder de fogo de cada indústria.
A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) garante que as farinheiras associadas estão segurando o repasse integral da explosão das cotações do trigo.
“Não estão repassando e, sim, reduzindo suas margens”, afirmou o presidente da associação.
Com o trigo em subida direta desde o começo do ano, e acima de US$ 7 desde julho – US$ 7,70 o bushel, na cotação praticada nesta sexta (5), em Chicago -, e que chegou à máxima do ano na terça-feira (quase US$ 8), não haveria sustentação para praticar as altas cheias no preço da farinha.
Como a inflação se alastra para todos os itens, certamente haveria substituição mais intensa dos produtos feitos com o trigo.
Para um setor importador líquido, com mais 4,8 milhões de toneladas importadas de janeiro a setembro, o recuo de 2,71%, sobre os mesmos meses de 2020, mostra que também as indústrias tiveram que tirar o pé das aquisições externas.
Para o presidente da Abitrigo, “com o dólar alto, a pressão de preços dos moinhos estão no limite, já que o trigo representa aproximadamente 70% dos custos”.
Fonte: Money Times
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