Casos da variante Ômicron são detectados em Shenzhen e Pequim
jan, 17, 2022 Postado porGabriel MalheirosSemana202203
Na segunda-feira, dia 17 de janeiro, o número de casos de Covid-19 na China atingiu o maior patamar desde março de 2020, quando o país registrou um aumento diário de 223 novas infecções da doença.
A primeira transmissão local da variante ômicron em Pequim foi relatada no sábado, em um momento em que os Jogos Olímpicos de Inverno se aproximam rapidamente.
As autoridades da província de Guangdong, no sul, relataram nove novos casos locais na segunda-feira, espalhados pelas cidades de Zhuhai, Meizhou, Zhongshan e o principal porto de contêineres de Shenzhen.
Shenzhen registrou alguns casos da variante delta desde a semana passada e relatou sua primeira infecção da variante ômicron no domingo.
Por outro lado, em Ningbo, o terceiro maior porto de contêineres do mundo, que esteve em bloqueio parcial durante a maior parte de 2022, as restrições estão sendo amenizadas, facilitando muito a entrada e saída dos caminhoneiros que se dirigem aos cinco terminais de contêineres da cidade.
A estrita política de tolerância zero ao Covid adotada por Pequim reduziu a severidade dos surtos locais através de testagens em massa, lockdowns relâmpago, políticas de vigilância e realização de extensas quarentenas. No entanto, o surgimento de novas variantes, como a ômicron fizeram com que os surtos tenham se intensificado desde o outono.
O desgaste das cadeias de suprimentos ocasionado pela pandemia está sendo sentido em todo o mundo.
Por exemplo, foi relatado na semana passada pela Pacific Maritime Association que 800 estivadores – ou 1 em cada 10 trabalhadores – nos portos gêmeos de Los Angeles e Long Beach estão indisponíveis por motivos relacionados ao Covid.
Outro exemplo é o da despachante aduaneira Flexport, com sede em São Francisco, que fornece uma medição semanal chamada Ocean Timeliness Indicator, que mede o tempo gasto desde o momento em que a carga se encontra pronta para envio até o momento que o importador a recebe.
No sentido leste transpacífico, o tempo médio em 2019, antes da pandemia, era de 45 a 50 dias. Em 2 de janeiro de 2022, o número atingiu um novo recorde de 110 dias. Da mesma forma, da Ásia para a Europa, o tempo médio de transporte pré-pandemia era de 55 a 60 dias, enquanto a situação em 2 de janeiro passou 108 dias.
Peter Sand, analista-chefe da Xeneta, disse à Splash na semana passada que, como o transporte de contêineres está no seu limite, quaisquer choques podem causar novos aumentos nas taxas básicas ou nas sobretaxas.
“Com o vírus ainda se espalhando e a China mantendo sua estratégia de tolerância zero, mais fechamentos de portos ou outros eventos cisne negro que podem elevar as taxas spot não devem ser “, disse Sand.
Fonte: Splash247
Para ler o artigo original completo, acesse: https://splash247.com/omicron-cases-detected-in-shenzhen-and-beijing/
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