DataLiner: dados de 2021 apontam para estagnação da economia
jan, 31, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202205
Dados recém-divulgados do DataLiner sobre a movimentação de contêineres no Brasil apontam que, em 2021, as exportações mantiveram-se estáveis com os volumes dos dois anos anteriores. Em contrapartida, as importações registraram aumento no ano passado.
Exportações
No ano, o Brasil exportou 2.907.379,45 TEUs, volume 1,32% superior ao de 2020 e 7,13% em relação ao de 2019.
As exportações não mantiveram o mesmo ritmo ao longo do ano. Começaram 2021 com volumes superiores aos de 2020 – recuperando o movimento de queda motivado pela pandemia no ano anterior – e caíram no final do ano, apesar do dólar alto, o que, em teoria, favoreceria os embarques.
Confira abaixo um comparativo das exportações nos últimos três anos. Os dados são do DataLiner:
Exportações Brasileiras em contêineres | Jan a Dez 2019-2021 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Vale destacar, porém, que problemas logísticos prejudicaram os embarques: o congestionamento de portos ao redor do mundo, o frete alto e a falta de contêineres. O encalhe de um navio no Canal de Suez, em março e a Covid – que fechou terminais na Ásia, entre outros fatores, levaram os armadores a investir em rotas mais lucrativas, como o trade América do Norte-Ásia, impactando negativamente nas exportações do Brasil.
Importações
Já em relação às importações, o Brasil recebeu de outros países 2.667.836,48 TEUs, volume 16,53% superior ao de 2020 e 10,88% em relação ao de 2019, o que indica um movimento de crescimento constante ano a ano.
Veja abaixo o crescimento das importações ao longo dos últimos anos. Os dados são do DataLiner:
Importações Brasileiras em contêineres | Jan a Dez 2019-2021 |TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
A China manteve-se, em 2021, como a principal origem das importações brasileiras, com um expressivo crescimento no volume de 25%. Máquinas e produtos manufaturados foram os principais produtos recebidos da China.
Isso porque, com os juros baixos, as empresas resolveram investir em suas instalações, importando mais máquinas e equipamentos.
Perspectivas para este ano
Para este ano, a expectativa é de estagnação econômica. O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção de crescimento do Brasil de 1,5% para 0,3% neste ano, a expansão mais baixa de um grupo de 26 países, entre eles as principais economias avançadas e emergentes, cujas estimativas foram divulgadas na atualização do relatório Perspectiva Econômica Mundial.
Segundo o órgão, a queda das previsões para o Brasil ocorrem em um contexto global de desaceleração da economia mundial, provocada em boa medida pelas contínuas dificuldades de suprimentos nas cadeias internacionais de produção e forte aumento dos preços de energia e de alimentos, o que gerou uma alta substancial da inflação em todo o mundo. A elevação expressiva do IPCA, que subiu 10,06% no ano passado, levou o Copom a adotar um ciclo intenso de alta de juros, o que tem impactos no nível da atividade nacional.
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