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Analistas avaliam a chegada de um novo ‘superciclo’ de construção naval

mar, 31, 2022 Postado porGabriel Malheiros

Semana202213

Analistas da corretora BRS postularam que a indústria de construção naval está alcançando um superciclo de produção similar àquele experimentado pela última vez na primeira década do século XXI.

No extenso relatório anual de mercados recentemente publicado pela BRS, a empresa com sede em Paris analisou a enorme quantidade de pedidos de contêineres e GNL realizados no ano passado, assim como a ocupação quase total da maioria dos estaleiros asiáticos.

Os dados da BRS mostram que os pedidos de navios porta-contêineres aumentaram mais de 300% em 2021, superando os pedidos de graneleiros e petroleiros pela primeira vez na história. Além disso, 86 navios-tanque de GNL foram encomendados ano passado, um recorde histórico.

Como resultado do frenesi de pedidos, a BRS afirmou esta semana que a maioria dos estaleiros chineses estarão cheios pelos próximos três anos, semelhantemente ao que se passa na Coréia do Sul.

Para justificar a afirmação de que um novo superciclo de construção naval esta se aproximando, a BRS apontou que houve uma forte redução no número de estaleiros nos últimos anos, caindo de cerca de 700 em 2007 para 300 em 2021. Atualmente, a capacidade mundial de construção e entrega de navios por ano é de 1.200 até 1.300 navios por ano em comparação com 2.000 navios por ano de 2005 até 2010. Além disso, 75% da produção mundial de navios esta nas mãos de apenas nove grupos de construção naval.

Analisando a frota em circulação atualmente, a BRS aponta que já existe a necessidade de substituir grande parte dos navios entregues entre 2005 e 2010.

“Existe a necessidade de substituir as embarcações não sustentáveis que foram entregues antes de 2010 que são caracterizadas pelo relativamente algo consumo individual de combustível. Isso é necessário não apenas para garantir competitividade, mas também para atender  às regulamentações ambientais mais rígidas que estão chegando”, afirmou a BRSM, listando regulações como EEXI, CII, AER e EEOI, todas impondo restrições a milhares de navios que operam hoje.

Por outro lado, ponderando sobre a possibilidade de que não exista um superciclo iminente, a BRS apontou que a vida útil de um navios é bem superior a 25 anos, sendo 29 para graneleiros, 26 para navios-tanque e 29 anos para porta-contêineres.

Fonte: Splash247

Para ler o artigo original completo, acesse:

https://splash247.com/case-made-for-imminent-shipbuilding-supercycle/

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