Terminal da Petrobras deve gerar 12 mil empregos no Porto de Santos
abr, 06, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202214
A construção e a operação de um novo terminal de líquidos (armazenamento e movimentação de combustíveis) da Petrobras, na margem direita do Porto de Santos, devem gerar 12 mil empregos diretos e indiretos, segundo estudos feitos pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), do Governo Federal.
O terminal (STS08A) ficará em um espaço de 338,2 mil metros quadrados na Alemoa, arrematado pela Petrobras em leilão, em novembro do passado, por R$ 558,2 milhões – valor de outorga que será repassado à Santos Port Authority (SPA), estatal que administra o cais santista.
O contrato de arrendamento, assinado em 23 de março, é por 25 anos. O investimento previsto na área é de R$ 625,7 milhões até 2026.
“Os investimentos no terminal STS08A representam a ampliação de 50% na oferta de berços na região da Alemoa, onde está concentrado o cluster (conjunto) de líquidos minerais da margem direita do Porto de Santos. Soluciona um deficit histórico de capacidade instalada, assegurando o abastecimento de toda a hinterlândia (área interna) do Porto de Santos”, diz a SPA, em nota.
Receitas
De acordo com um comunicado ao mercado publicado feito pela Petrobras no último dia 31, a empresa estima obter receitas de R$ 7,2 bilhões durante o período de exploração da atividade no local. Mas, além da outorga e dos investimentos, a Petrobras vai pagar à SPA mais R$ 4,3 milhões por mês pelo direito de explorar as atividades no arrendamento e pela cessão onerosa da área e outros R$ 9,28 por tonelada de carga movimentada.
Embora não tenha tido lance único da Petrobras, sem concorrência, o leilão do lote STS08A é considerado o maior certame de arrendamento portuário nos últimos 20 anos.
Planejamento Estratégico
O terminal faz parte do Planejamento Estratégico da Petrobras até 2026. A companhia considera a área essencial para escoamento de produtos das quatro refinarias de São Paulo, porque a localização é estratégica, próxima dos mercados de derivados de maior liquidez no País.
Atualmente, o local é operado pela Transpetro, subsidiária da Petrobras responsável por parte do escoamento da produção das refinarias paulistas, assim como pela distribuição de parte do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) da região Sudeste.
Conforme edital do leilão, a Petrobras precisará fazer 11 melhorias no local. Entre os investimentos previstos, estão a substituição de grandes trechos de tubulação; reparos em tanques refrigerados; automação de segurança dos píeres de barcaças e novo sistema de combate a incêndio, com novas bombas.
Obras maiores também são obrigatórias, como 14 novos braços de carregamento (utilizados para transferir produtos líquidos entre o píer e o navio) para os dois berços (locais de atracação dos navios) existentes, substituindo os que estão operando desde 1973, além da construção de dois novos berços.
Será feita ainda a melhoria do sistema de drenagem e tratamento de efluentes.
Fonte: A Tribuna
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