Embargo chinês a frigoríficos brasileiros costuma durar mais do que o previsto
maio, 02, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202219
O Ministério da Agricultura tem recebido os comunicados sobre o embargo chinês a frigoríficos por detecção de vestígios do coronavírus e precisa enviar relatórios aos chineses para informar quais ações as empresas têm adotado para evitar novas contaminações. Com isso, a retomada automática das atividades, prevista para ocorrer em sete dias, nem sempre acontece.
A avaliação em Brasília é de que o avanço da covid-19 na China elevou a pressão sobre as autoridades do país. O embargo chinês a frigoríficos funcionaria, assim, como uma resposta à população pelo aumento de casos. “Não tem nenhuma razão técnico-científica para a China continuar com as suspensões”, diz um especialista.
Os bloqueios não são apenas a frigoríficos do Brasil; outros países também têm sido afetados. No entanto, a realidade é diferente para os Estados Unidos, que conseguiram recentemente centenas de habilitações no sistema de “pre-listing”, que tem exigências sanitárias menos restritivas e prevê até permissão para abate de bovinos com mais de 30 meses de idade.
Veja a seguir o histórico das exportações brasileiras de carne de frango, carne suína e carne bovina para a China desde janeiro de 2021 até fevereiro de 2022. Os dados são do DataLiner.
Exportação de carne de frango (HS 0207), suína (HS 0203) e bovina (HS 0202) para a China | Jan 2021 – Fev 2022 | WTMT
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Alguns técnicos e representantes da indústria acreditam que um “acordo político de alto nível” com o governo chinês melhoraria a situação para o Brasil. Mas, com as restrições impostas pela pandemia, como a necessidade de quarentena para visitar a China, uma reunião olho no olho entre o ministro da Agricultura, Marcos Montes, e as autoridades chinesas está longe de acontecer.
Larissa Wachholz, sócia da Vallya Participações e diretora executiva da Flora Capital, lembra ainda que há mudanças políticas que podem ter influência sobre novos bloqueios. Ni Yuefeng, ex-chefe da Administração-Geral das Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês), foi nomeado secretário do Comitê Provincial de Hebei – província onde fica Pequim – do Partido Comunista do país, um cargo superior ao de governador.
Ela não acredita que as suspensões sejam parte de uma estratégia chinesa para diminuir os preços da carne. “É muito pouco provável que se consiga reduzir preços com liberações ou bloqueios a plantas. O setor é pulverizado. Muitas empresas privadas tomam a decisão de compra e venda”, afirmou ao Valor. “É o tema sanitário que está no cerne das suspensões.
Fonte: Valor Econômico
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